Contrariando o que geralmente acontece, sempre após qualquer clássico, o árbitro Marcelo de Lima Henrique é alvo e objeto de merecidos elogios da Tribuna da Bahia pela atuação impecável no jogo de ontem. Aliás, é o que sempre digo: quando não houver supostos erros de arbitragem, não sabemos onde encontraremos tantas latas de lixo para depositar as línguas inúteis, que sempre são usadas para justificar empates ou derrotas do seu time. Confira.
Ontem, no clássico Ba-Vi no Estádio Manoel Barradas, na decisão do título do Campeonato Baiano, o árbitro Marcelo Henrique deu um show de arbitragem, surpreendendo a tudo e a todos que assistiram o jogo no Barradão. Discreto, sem precisar gesticular para se impor no jogo, com bom condicionamento físico, Marcelo de Lima Henrique acompanhou todos os lances de perto, e fez 10 advertências com o cartão amarelo para impor a disciplina no clássico Ba-Vi. Mas o que mais marcou o trabalho do árbitro carioca na primeira partida entre Bahia e Vitória pelas finais do Campeonato Baiano foi seu estilo de dirigir a partida, deixando a bola correr, não se deixando levar pelas quedas, gritos e encenações dos jogadores.
Depois da expulsão do técnico Paulo Roberto Falcão, por reclamação, o único lance polêmico na partida aconteceu no final do segundo tempo, quando o lateral-direito Léo caiu em campo, alegando que tinha levado um soco do meia Fahel. O lance provocou um tumulto entre jogadores, empurrões de parte a parte, mas o árbitro soube “abafar” a reação dos jogadores sem precisar expulsar ninguém e levar o clássico até o final dos 90 minutos, sem que jogadores e dirigentes de Vitória e Bahia reclamassem de problemas na arbitragem de Marcelo de Lima Henrique, muito bem assessorado pelos bandeirinhas, Altemir Hausmann do Rio Grande do Sul, e Roberto Braatz do Paraná.