O titulo do jornalista Rafael Carneiro na Tribuna da Bahia desta terça-feira é perfeito: “Vitória é a Bahia na Copa”. Querendo ou não, a sentença, ainda que passageira, incontestavelmente é verdadeira.
O Vitória representa o futebol da Bahia e do Nordeste na próxima quarta-feira, com méritos adquiridos em campo, com a conquista da hegemonia do futebol baiano e por ser o único representante baiano no maior campeonato brasileiro e, sobretudo, porque no futebol o que vale é o agora, e o momento é todo rubro-negro.
Não é à-toa que o governador tricolor está botando fé, o prefeito rubro-negro fazendo figa num triunfo rubro-negro, porque sabem da importância da conquista para futebol baiano e na ponga para o estado da Bahia. Me incluo entre aqueles que acreditam que quando não se pode ajudar, se afastam para não atrapalhar. Confira abaixo o que dizem as autoridades e como se prepara o Vitória para o jogo mais importante da sua história dos últimos 17 anos.
“Nesse momento que o Vitória se prepara para disputar a decisão da Copa do Brasil contra o Santos, quero externar o meu apoio e a minha torcida aos jogadores, a comissão técnica e à diretoria rubro-negra. O Vitória representa o Estado da Bahia nessa competição e, como cidadão e governador, estou torcendo por esse esperado e merecido título para nação rubro-negra. Boa sorte!”, diz o texto assinado pelo governador.
Declaradamente torcedor do Vitória, o prefeito de Salvador, João Henrique Barradas Carneiro, também enviou um telegrama à delegação do Vitória que está em São Paulo.
“Em mais esse momento histórico do futebol baiano, estamos todos juntos fazendo a grande corrente de pensamento positivo, para o nosso querido Esporte Clube Vitória trazer à Bahia o título de campeão da Copa do Brasil. Tenho certeza, os leões rubro-negros, com garra e grande futebol, largarão em vantagem na Vila Belmiro, no primeiro grande jogo da próxima quarta-feira. Avante, Vitória! Nossos corações estão entusiasmados na torcida”.
As mensagens dos governantes baianos, assim como diversas outras de torcedores e personalidades, foram repassadas ao grupo. O Vitória continua hospedado em Mogi das Cruzes, a 70 quilômetros de distância de São Paulo, em um luxuoso resort.
A decisão de manter o Vitória longe da capital e também da cidade de Santos foi justificada ontem pelo presidente Alexi Portela. O dirigente lembrou que, pela importância do título, torcedores do Santos poderiam durante a madrugada soltar fogos para atrapalhar o sono dos jogadores. “Assim eles terão a noite tranqüila”, disse Portela.
À beira de um grande lago, o hotel é conhecido pelos campos de golfe. Renato, Egidio e Schwenck aproveitaram o campo de golfe profissional com 18 buracos. “Jogava muito isso no Japão”, garantiu Schwenck, que jogou uma temporada (2005) no Vegalta Sendai. “Jogo de curioso”, disse o meia Renato, que foi quem deu a idéia.
O hotel tem uma área de 1 milhão de metros quadrados, campos de futebol oficial e society, piscinas, quadra poliesportiva e fitness Center, o técnico Ricardo Silva terá toda tranquilidade para a preparação do time para a conquista inédita na centenária história do rubro-negro baiano.