Quarta-feira é dia de “mata-mata” para o Bahia

Renato GaúchoO time do Bahia é ruim na essência, é do tipo mal–nascido, porém, longe de ser uma merda como afirmou, de forma oportunista, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ontem, no tal de Twitter, numa manobra clara e manjadissima de tentar inserir seu nome e associar sua imagem à primeira fila da procissão dos tricolores descontentes, visando as eleições, já que é pré-candidato ao governo do Estado na Bahia.

Uma merda é a administração na área política do clube, comandada pelo afiliado político do ministro, o deputado Marcelo Guimarães Filho, também do PMDB, que sobrevive através do voto obrigatório, porém nega descaradamente essa mesma ferramenta legítima e necessária aos torcedores e verdadeiros donos do clube que, arrebatado pelo grupo do qual pertence, estacionou no atraso perpétuo e quase incurável.

Confira, abaixo, matéria da Tribuna que aborda os problemas de Renato Gaúcho e a necessidade do Bahia vencer o BA x Vi, genérico na próxima quarta-feira de goleada, segundo o jornalista Rafael Carneiro.

No Campeonato Baiano, nas sete rodadas disputadas, o Bahia abusou dos erros táticos, técnicos, de escalação, de qualidade. Fazer uma vasta lista das falhas do tricolor não é difícil. Só que no Estadual o time tinha tempo e jogos para corrigir suas falhas. Mas a partir de amanhã, a história é outra. Quando entrar no Estádio Salvador Costa, para enfrentar o Vitória do Espírito Santo, na estreia da Copa do Brasil, não haverá mais espaço para erros.

Nas sete partidas do Estadual, o técnico Renato Gaúcho reclamou da imaturidade do elenco, fez testes, quebrou a cabeça com desfalques e ainda não conseguiu dar uma cara ao time. O resultado disso tudo foram quatro jogos consecutivos sem vitória e uma goleada histórica para o Bahia de Feira, no Estádio de Pituaçu.

Mas o tricolor conseguiu se recuperar e voltou a ocupar a 2ª colocação do Grupo 2. A classificação para a segunda fase do Campeonato Baiano não está ameaçada e, mesmo com atuações abaixo da média, o Bahia continua se reforçando, recuperando seus jogadores contundidos, se mantendo entre os favoritos para a conquista do título baiano de 2010, que não conquista há oito anos.

Na Copa do Brasil, é diferente. O sistema eliminatório do “mata-mata” não permite erros, é implacável. Serão apenas dois jogos, 180 minutos, contra o Vitória do Espírito Santo. Uma excelente oportunidade para o Bahia mostrar sua força e voltar a transmitir confiança para a sua torcida.

O ideal para essa volta por cima seria eliminar o Vitória em casa. Nas duas primeiras fases, um triunfo pela diferença de dois ou mais gols de vantagem, automaticamente garante ao time visitante classificação para a fase seguinte da Copa do Brasil. Utilizando a tradição das duas equipes como base, não seria demais esperar uma goleada do Bahia no Espírito Santo.

Mas, de volta à realidade, a expectativa é de um jogo difícil na cidade de Vitória. Ainda mais porque Renato Gaúcho ainda não terá todos os jogadores a sua disposição. O provável é a repetição do time que venceu o Atlético de Alagoinhas, por 2 a 0, domingo passado, em Pituaçu.

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