Torcida exige a volta do Bahêa a Pituaçu

O que o técnico Paulo Comelli vai escalar, os 11 titulares, é o que menos importa. O Bahia que entra em campo esta noite no Estádio Governador Roberto Santos, para enfrentar o Bragantino, de São Paulo, tem a obrigação de vencer e convencer sua torcida, que exige uma equipe que honre uma das estrofes do seu hino, “time de garra e tradição” para a volta das grandes festas tricolores, como foi no início do ano, nas arquibancadas do Estádio Metropolitano de Pituaçu, de imediato, batizado de “Caldeirão do PituAço”.

Sem tempo para treinar, trabalhar o time no Centro de Treinamentos do Fazendão, o técnico Paulo Comelli admitiu que o diálogo, a teoria, é a sua melhor ferramenta neste início de trabalho no Bahia, para o jogo contra o Bragantino. A expectativa da torcida é que o substituto do treinador Alexandre Gallo consiga devolver aos jogadores o entusiasmo, a vibração, a vontade e o prazer de jogar futebol, de honrar a camisa tricolor, para que volte a ecoar nas arquibancadas de Pituaçu o grito de “Bahêa…Bahêa…Bahêaaaaa”.

O primeiro passo para esta mudança foi uma reunião com o presidente Marcelo Guimarães Filho, o diretor de futebol Paulo Carneiro e o diretor financeiro Thiago Cintra. O encontro serviu para cobrar mais atitude dos jogadores que hoje fazem parte do elenco tricolor. “Cobrança certa deles, tava até demorando pelo momento que a equipe vem vivendo. Eu, particularmente, estou com vergonha da nossa situação pelo time que a gente tem”, revelou o zagueiro e capitão Nen, após o treino de ontem visando à partida de hoje à noite contra a equipe do Bragantino.

Depois disso, mudanças entre os 11 titulares. No setor defensivo, Evaldo e Hernani perdem espaço. “Precisamos de maior velocidade no time. O Leandro é muito forte na marcação no meio, mas não conseguiu se adaptar bem à zaga. Por isso, ele vai jogar de volante e o Rogério, que eu conheço bem, entra ali na defesa junto com o Nen e o Menezes, que eu assistir contra o ABC e também tive as melhores informações”, afirmou Paulo Comelli.

Já no setor ofensivo, Hélton Luiz e Joãozinho também vão ficar na reserva. “Ananias e Beto entraram bem contra o América e por isso optei por eles”, disse. “Pelo que eu vi dos atletas, pode ter certeza que a equipe entrará com outra postura contra o Bragantino. Eles sabem que precisam dar um algo a mais e mostrar pra torcida que estão querendo colocar o Bahia na Primeira Divisão. Nossa atitude será outra!”, garantiu Comelli. Com informações da Tribuna Online

Como se não bastasse precisar desesperadamente vencer, agora já falam que a tricolor precisa também convencer, eu por mim, já me contento se o Bahia apenas vencer, afinal bola na trave não é gol, mas gol de mão vale, contanto que o juiz aceite.

Esses dizeres “o Bahia tem a obrigação de vencer” nada mais piegas do que isso. O Bahia tem que vencer sempre, por ser um Clube de massa, onde as cobranças são bem maiores isso é fato, quanto a esses termos entre aspas, nada mais é do que um chavão, tanto assim que se lá em Natal o Bahia tivesse reagido e empatado a partida, a conotação já seria bem diferente pelas circunstâncias de como se deu.

Quando dizemos “o Bahia tem a obrigação de vencer” na verdade é uma tentativa de já se apequenar a vitória, se ela vier uma forma de pressão a mais, na ânsia de que o frágil se torne forte e reaja, numa lógica fora da realidade, pois que, o real é só vencer se a competência de fato existir o contrario de nada vale. É como dizer, vamos com garra, determinação, será o jogo das nossas vidas como dizem certos jogadores. Coitados… De nada adianta a garra, a determinação e toda a vontade do mundo se não sabe jogar. Pois que, garra, determinação é possível a todos, já eficácia nesses quesitos poucos tem. ( Rui Carvalho)

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