Resultado desastroso para o Esporte Clube Vitória

Eu vi um filme brilhante de Orson Wells passar na minha cabeça enquanto o Vitória naufragava face ao clube que homenageia o navegador português, o Vasco da Gama. O filme “Soberba” foi um espetáculo deslumbrante que se desenhou na minha frente ao retratar os delírios humanos em seu complexo de superioridade.

No futebol, muitos chamam a soberba de complexo de Poddle. Eu diria que, ontem, o Vitória jogou com a soberba de um time de primeira divisão, só esqueceu de dizer para os Vascaínos que o jogo não era amistoso em comemoração aos 110 anos do Leão da Barra. E os obstáculos foram se avolumando durante o jogo ao ponto de Apodi jogar sem condições atléticas o final do trágico espetáculo para o futebol baiano.

A displicência do zagueiro rubro-negro no primeiro gol, o posicionamento da defesa completamente perdida no segundo gol e a abertura na barreira que originou o terceiro gol foram além de falhas uma ode à melancolia depois que louca em seu delírio a soberba cai sem entender o quanto estava vendo um mundo distorcido.

Tentando abrandar o roteiro do filme, Jorge Sampaio convocou uma reunião com o técnico Paulo César Carpegiani na tarde desta quinta-feira, para avaliar a desastrosa apresentação da equipe na goleada por 4 a 0 para o Vasco.

“Ainda não deu pra conversar e nem é da nossa conduta conversar assim, no calor da derrota. Amanhã chegaremos a Salvador por volta do meia-dia e teremos uma reunião à tarde”, declarou o dirigente, em entrevista à uma emissora FM de Salvador

“É uma noite pra ser esquecida, tenho muito pouco pra falar, somente pedir desculpa à torcida por esta apresentação bisonha na data do nosso aniversário”, lamentou.

“Pra mim tá muito claro que não foi o Vasco que venceu, fomos nós que perdemos. Claro que ninguém perde sozinho, cada um tem que assumir sua parcela de responsabilidade”, esbravejou o dirigente ainda furioso com o resultado inesperado.

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