Cusparada de Nonato pode tira-lo da série C

O presidente Petrônio Barradas esteve pessoalmente na sede da CBF na terça-feira passada para requisitar arbitragem mais qualificada nos jogos do Bahia. Ironicamente, o trio atuou com extrema correção no dia seguinte e complicou a vida do clube. O paranaense Evandro Rogério Roman relata com riqueza de detalhes na súmula a cusparada do atacante Nonato no lateral Dinho, do Nacional-PB, na partida de quarta-feira, na Fonte Nova.

Direto ao aspecto relevante: “…o senhor Raimundo Nonato de Lima cuspiu no rosto do adversário de número 14, senhor Clemilson da Silva Nóbrega. Informo que a cusparada ocorreu em lance fora da disputa da bola, e com a partida parada. Informo ainda que a informação da cusparada foi dada pelo senhor Válter José dos Reis, assistente número 1”, descreve.

Pesa contra o atacante o fato de ser reincidente. Neste octogonal, Nonato esteve afastado das partidas contra Vila Nova-GO (Serra Dourada), ABC-RN (Frasqueirão) e Barras-PI (Fonte Nova) por chutar a bola no rosto do goleiro Flávio, do Rio Branco-AC, ainda na terceira fase. A nova acusação deve seguir a mesma linha: “praticar ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe”, artigo 255 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com pena de uma a três partidas.

Punido, o Bahia pode perder seu principal artilheiro por até metade dos seis jogos que restam para definir os quatro clubes com vaga garantida na Série B 2008. O tempo é seu único aliado. Restam apenas 19 dias até a rodada de encerramento da terceirona e, da última vez, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) levou 17 dias para aplicar uma punição. O problema é que o órgão tem agilizado os trabalhos com intuito de não protelar as penas para a próxima temporada.

Nesta fase final da Série C do Campeonato Brasileiro, qualquer das cinco equipes de procuradores do STJD está apta a oferecer denúncias ao tribunal e julgá-las. Diferente do que aconteceu até a terceira fase, quando era apenas uma. Ou seja, o provável caso do atacante pode ser julgado de segunda a sexta, exceto às quintas-feiras, dia reservado à atuação do Pleno.Correio da Bahia/Adaptado.

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