Fala, Nação Tricolor! Preparados para essa temporada de Bavis? Serão 4 num período de 35 dias. De um lado, teremos a revitalização de um clássico que ficou meio em segundo plano nos últimos 7 anos. Ao ponto, que passei a tratar o rubronegro baiano como ex-rival. Porém, esse ano, com a volta do time de Canabrava à elite do futebol brasileiro, talvez possamos voltar a ter essa rivalidade, que ultimamente, existia muito mais do lado deles, com a gente.
O Bahia voltou a dominar o cenário estadual nos últimos 10 anos. Vencendo 6 dos 10 títulos disputados. E não venceu mais porque ignorou o Baianão de 2021 e 2022, deixando o Atlético fazer a festa do interior nas finais. Enquanto isso, do outro lado da cerca, a coisa ia de mal a pior. Com quedas sucessivas de divisões, descendo ao fundo do poço da “Cerei C”, batendo no chão ao ponto de quase cair pra D, mas pegou impulso e subiu pra segundona, onde conseguiu voltar à Elite, sendo o primeiro dos quatro fugitivos da divisão de acesso.
Nesse ínterim, o Bahia caiu pra série b, em 2022, mas bateu e voltou. Subiu, virou SAF, e hoje faz parte do maior grupo de futebol do mundo. Porém, quase atrasou em 2 anos o projeto, no ano passado. Contratou grandes nomes e se reforçou bem, mantendo a base do elenco. E se no ano passado havia desespero porque não tínhamos reservas, esse ano temos 2 times e um Rogério Ceni (longe de toda minha antipatia prévia por ele) fazendo um grande trabalho. E quem diz isso não sou eu. São os números.
Líder absoluto da Copa do Nordeste, o time que mais pontuou nos dois grupos. Classificado para a final do Baiano com a vantagem nas finais, mesmo usando o time alternativo em vários jogos. E recentemente classificado na Copa do Brasil.
São 18 partidas, 13 triunfos, 2 empates e 3 derrotas. Se colocarmos só os jogos com os dois times titulares, seriam 16 partidas, 13 triunfos, 1 empate e 2 derrotas. Ou seja, 81% de aproveitamento. Resultado excelente, que deixaria qualquer torcedor entusiasmado. Mas a Torcida do Bahia é outra história.
E a pulga atrás da orelha foi justamente o Bavi. E por que isso? Porque pro Torcedor não importa se aquela partida no meio do baianão não valia nada para o Bahia. Não importa que ser Campeão do Baiano, vale R$ 135 mil e no jogo contra o Motoclube o pix de 1,47 milhão bateu certo. A Torcida está preocupada em fazer gozação com o rival. E isso é justo. Mas é preciso lembrar que a camisa do Bahia, pra gente é um manto sagrado, só que pra Ceni é farda de trabalho. E ele tem de entregar resultados. E vem fazendo.
O primeiro Bavi do ano só serviu pra deixar a Torcida do Bahia, que estava empolgada, ficar pirada, e a torcida do rival, que estava murcha, reviver qual Mun-Ha saindo do sarcófago, depois de setênio de fracassos. Porém, aquele resultado mascarou algumas coisas e deu uma falsa sensação de equivalência.
É preciso lembrar que o Bahia segue sendo o elenco que vai brigar por Libertadores e o Leão vai lutar pra não cair, no Brasileiro. Não se pode esquecer que o Tricolor fez as maiores contratações do Nordeste, com mais de 50 milhões investidos em 7 jogadores e o Vitória trouxe um caminhão de 18 jogadores, com menos de 4 milhões. Ah, “mas dinheiro não entra em campo”, disse o ressentido que quando perder pra os times do Eixo Sul/ Sudeste, vai justificar com o argumento do “maior poder do investimento dos times do eixo”.
O Bahia entra em campo nesta quarta, pra confirmar as expectativas do seu Torcedor, da crônica e dos seus donos. Para nós, voltou a ser um clássico com gosto de revanche. Para eles, a tentativa de se reafirmarem como nossos adversários, novamente e a sobrevivência na Copa do Nordeste. Tem tudo para ser um jogão. Mas colocar o time de Canabrava como favorito é maluquice. Tão grande como comparar Everton Ribeiro com Matheuzinho. Bahia é favorito. Qualquer outro resultado será zebra. Só que dessa vez, o time está focado no jogo, com sangue nos olhos, teve uma semana de preparação e descanso, em casa e com a Torcida entupindo a Fonte Nova, Sem desculpas e sem piedade.
É hora de atropelar. #BBMP