A crise que se instalou dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (27). O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, aceitou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), conduzida pelo PCdoB, que pede o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade máxima do futebol brasileiro. Gilmar Mendes deve tomar sua decisão em até cinco dias após manifestação do Governo Lula e do Ministério Público Federal (MPF).
“Considerando a relevância da matéria em análise: 1) requisitem-se, com urgência, informações, a serem prestadas no prazo de 5 dias; e 2) após, remetam-se os autos, sucessivamente, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, para que se manifestem no prazo de 3 dias”, diz o despacho assinado pelo Ministro Gilmar Mendes.
O PCdoB classifica o afastamento de Ednaldo como interferência judicial indevida. O partido alega que houve violação à Constituição na decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que anulou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) com regras eleitorais na confederação.
Com o afastamento de Ednaldo, a Fifa e a Conmebol enviaram uma carta à CBF pedindo que a confederação não faça eleição antes que uma comitiva das entidades visite à confederação em janeiro. Além disso, alegaram que não reconhecem o interventor José Perdiz como pessoa responsável pela CBF.