Apresentado pelo Vitória, atacante recorda suspensão por doping

Apresentado pelo Vitória, atacante recorda suspensão por doping

Na época, o atacante defendia o Cerro Porteño, do Paraguai.

Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

O Esporte Clube Vitória apresentou na tarde desta quinta-feira o atacante Mateus Gonçalves, de 28 anos, que estava atuando no América-MG. Ele é o segundo reforço contratado para a janela de transferências que abre em julho e vai até meados de agosto. Na entrevista de apresentação, o atleta relembrou o drama com a suspensão por doping, sofrida no final de 2021, quando acabou afastado dos gramados por 12 meses. Na época, o atacante defendia o Cerro Porteño, do Paraguai.

 

“Ali, para mim, eu perdi um pouco o chão. Eu lembro que estava no Cerro Porteño e recebi a notícia da parte médica do clube. “Olha, Mateus, a partir de hoje você não pode vir mais no clube, porque você testou positivo no doping. Agora você tem que procurar seus advogados, seus empresários”. O que eu mais sei fazer é jogar futebol. Então chegar um momento de não poder entrar no clube, eu pensei: “O que é que aconteceu?””, conta o jogador.

“Eu passei por um doping onde foi uma contaminação, fui injustiçado. Mas, depois dali, eu acho que já não tenho medo de mais nada. Passei os piores momentos da minha carreira nesta contaminação. […] Depois de uns cinco dias, eu queria ficar em um quarto escuro, estava quase entrando em depressão. E aí minha esposa fala “olha, você precisa de um acompanhamento psicológico”. E aí é um conselho que eu dou para todos vocês. Terapia é preventiva, é boa”.

“Nesse período do doping, eu fiz questão de contar. Com pai e mãe, família e amigos, se eu recebi dez ligações foi muito. Então a rede social hoje talvez, ela é uma mentira, uma farsa, não é vida real. O que eu posso falar para vocês, valorize a vida real, a família, foi quem esteve comigo de verdade. Então não fica acreditando muito em rede social, em números. Valoriza quem está com você de verdade, em um momento ruim e bom”.

Mateus Gonçalves foi procurado pelo Vitória no início do ano, mas acabou permanecendo no América-MG. “O Vitória já tinha uma oferta antes, mas, como eu tinha acabado de chegar no América-MG, eu e minha família decidimos esperar um pouco. E o Ítalo [Rodrigues, diretor de futebol] aqui não parava de ligar. Mas o projeto sempre foi interessante, sempre me agradou. Time de torcida, projeto muito bom. Queria esperar a janela de meio do ano para poder vir. Tomei a decisão de vir, porque gostei muito do que me apresentaram”, explicou.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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