EC Bahia e o Acesso Culposo - por Erick Cerqueira

EC Bahia e o Acesso Culposo – por Erick Cerqueira

O Bahia é o mundo! E não aquilo que meu filho viu ontem, na Fonte Nova.

EC Bahia e o Acesso Culposo – por Erick Cerqueira

Fala, Nação Tricolor! Já se recuperaram da Maior Broxada da História do Bahia? Sei que é difícil, mas nós vamos superar esse clima de velório. É só pensar o seguinte: foi a última vez que vimos esse time de série b, ao vivo. Ontem, fiz questão de levar meu filho com a camisa de 2010, com a escrita ‘O Esquadrão Voltou!’. Infelizmente, esse time de série b, tá longe de ser o ‘NOSSO ESQUADRÃO!’, e VOLTOU, apenas, a nos decepcionar.

A Torcida Tricolor não merece esse time que não quer subir. Ontem, batemos mais um recorde de público. Meu filho rezou o Pai Nosso, cantou o hino, as músicas, pulou, vibrou, gritou gol, beijou o escudo, a camisa, se enrolou na bandeira e comemorou aquele triunfo parcial que nos colocava na Série A.

Mas o time, que começou pressionando como se fosse dar uma goleada, simplesmente fez o gol e desistiu do jogo. E como eu, pai, orgulhoso que estava de ver aquele pivete de 8 anos fazendo a maior festa, iria explicar a ele que estava com cara que o time iria brochar? Como explicar pra uma criança, que aquele amor todo da Torcida, não era pelo time que abdicou de jogar depois do gol, e sim, pelo clube, com tantas histórias de glórias e superação?

Claro que não fiz isso. Acompanhei atônito, como a maior parte da Fonte Nova, cantando até o último minuto, apoiando aquele ‘bando’, que tomava uma pressão absurda de um time que não lutava por mais nada, desde que fugiu da ameaça de ser rebaixado. E que graças ao nosso goleiro, não saímos derrotados. Um time de… série b.

O gol de Mugni seria o do acesso. Seria a consagração de um dos poucos jogadores onde podemos dizer: joga com vontade de vencer. Porque o problema ontem não foi tático, nem técnico. Foi falta de vontade. 

Não vou culpar Barroca pelas alterações erradas no segundo tempo. Errado foi quem trouxe ele, em pleno domingo de eleição, há 6 jogos do fim. Uma insanidade. Trocou o técnico que foi Campeão pelo Botafogo em 2021, pelo cara que o próprio Enderson havia substituído, no clube carioca, pelo mesmo diretor de futebol que Bellintani trouxe pro Bahia.

Ontem, Elton Serra postou no twitter a proximidade dos percentuais de pontos conquistados pelos 3 treinadores do Bahia. Muito próximos. A diferença básica foi a quantidade de jogos. Barroca assumiu o time com 6 pontos de vantagem para o 5º colocado. Em 5 jogos conseguiu empatar 4 e vencer 1 (o rebaixado Brusque, e em casa), mesmo jogando 3 partidas na Fonte Nova. A diferença, agora, para o 6º colocado, caiu para 3 pontos.

Falei que se a gente não conseguisse vencer o Vila Nova e o Guarani, com 48 mil Torcedores empurrando o time, em cada jogo, não mereceríamos subir. Não merecemos. Mas, subiremos. 

BORA BAÊA MINHA PORRA! RUMO A SÉRIE A! 

Subiremos porque o saldo de gols faz muita diferença. Subiremos porque o time não tomou mais de 2 gols em nenhuma das 35 rodadas, e o Sport não vai tirar 7 gols de saldo contra o Vila Nova. E é essa a grande realidade. 

Falta apenas mais um jogo. E como fiquei famoso por colocar números pra animar a galera, vamos a eles. O time segue com a 3ª melhor defesa da competição, em 3º lugar, jogará por em empate, contra o CRB, que acabou de perder o clássico pro CSA, ajudando a tirar o time azulino da zona de rebaixamento. 

Subiremos pelos lampejos intermitentes de futebol pragmático, apresentados durante o campeonato. E não pela mística, pela camisa, pela tradição, pela fé, pela sorte, pela interferência divina. Será o verdadeiro ACESSO CULPOSO. Quando não existe intenção de subir.

Que no ano que vem, a SAF faça a gente esquecer que vibrou, fez festa, mosaico, fumaça colorida, gritamos até ficar roucos, conquistamos o ponto do acesso num jogo horroroso, contra o Guarani, e subimos xingando os jogadores de TIME DE …, ao final do jogo. Um elenco que desrespeitou a história do Bahia, vencendo apenas 2 partidas nos últimos 10 jogos, merece o ostracismo.

O Bahia é o mundo! E não aquilo que meu filho viu ontem, na Fonte Nova. Aliás, o Bahia de verdade, estava sim na Arena, ontem. Só que apenas, nas arquibancadas. E é isso o que importa! É isso que ele sentiu.

Subiremos! E voltaremos a ser felizes.

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva e Publicitário. Twitter: @ericksc_



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