Fala, Nação Tricolor. Saudade retada de vocês! Confesso que tava com medo de dar tudo errado, porque tava tudo muito certo. Jogo sábado à tarde, volta do artilheiro, recorde de público na Fonte, diante de um time de meio de tabela… mas o Bahia gosta de aprontar. Vamos vencer de 2 ou 3 a 1, porque o mais certo é que tomaremos gol de Marquinhos Gabriel.
E não deu outra. Seu Guto me inventa de colocar 4 jogadores sem ritmo de jogo, de vez, no time. E ainda coloca Jacaré, que está virando o novo Oscar Ruiz. Aquilo era errado de um jeito, que dava até raiva de tentar analisar o que se passava na cabeça do treinador.
Na chegada uma fila do istopô pra entrar no estádio. O juiz apitou, não achei meu pai do lado da Bamor e fui lá pro leste, onde fiquei com Ana, Bebel, Michelle e Gan. De lá, vi o time ser humilhado por um Criciuma muito mais bem organizado defensiva e ofensivamente. Marquinhos Gabriel comandava o time dele e o jogo. Os laterais do Bahia não conseguiam conter os avanços de Marquinhos Gabriel. Os zagueiros não achavam Bilu e os volantes procuram o Caio Dantas até agora.
Numa jogada bem tramada dos caras, o Bahia sofre o gol que já estava quase caindo do pé de tão maduro. Adivinha quem? A Lei do ex no Bahia é algo quase obrigatório, bicho. Marquinhos Gabriel faz 0x1 pros caras.
Depois do gol a expectativa era reagir, acordar, entrar no jogo. Mas não foi bem assim.
O time errava muito na saída pro jogo, parecia estar se arrastando em campo, não ganhava a segunda bola, não fez o goleiro adversário fazer nenhuma defesa em 45 minutos. E pra piorar, Ignácio é expulso por uma entrada infantil, no meio de campo.
Rodallega se resumiu a um toque pra trás que Raí isolou. Raí se resumiu a isso aí mesmo. Rezende, totalmente fora de ritmo, voltou a sentir a coxa. E Jacaré desperdiçou mais uma chance de mostrar que não é jogador de um jogo só. E Danilo Fernandes fez 3 grandes defesas importantíssimas.
Fim de primeiro tempo.
E da minha paciência. Lembrei das superstições de meu pai e fui ver o jogo no lado da Bamor, como de praxe. Vápáporra!
Mas na subida dos vestiários uma grata surpresa. Guto não insistiu na burrice do primeiro tempo e mudou logo os 4 cansados de uma só vez. Enfim, lucidez.
Só que do outro lado tinha um treinador malaco demais. Sentindo que o Bahia iria mudar completamente, Tencati tentou matar o jogo logo no início, antes do time esquentar. O Tigre catarinense veio com tudo pra cima do Bahia no início do segundo tempo. Chegou até a fazer o segundo, com Bilu, mas graças a Jah, depois de longos minutos, o VAR confirmou que o cara estava impedido. Logo depois do jogo retornar, Mugni, que entrou (laeláço) bem demais, recebe na lateral esquerda e toca por cima pra Davó fazer mais um gol chorado na trave dos Orixás do Dique! 1×1.
Segue o baba e quando a gente achou que o Criciúma iria sentir o gol e o Bahia crescer no jogo… ledo engano. Danilo Fernandes foi o grande nome do jogo a partir daí. Salvou pelo menos uns 4 gols certos. E ainda me fez uma defesa, “à la Gordon Banks” em 1970 que valeu o ingresso.
Depois de tanta pressão, no jogo mais emocionante desde aquele épico 4×3 no São Paulo, veio a redenção. O miserávi do juiz que tava marcando tudo pros caras e nada pra gente, ainda deu mais 10 minutos de acréscimo. Véi, Torcedor do Bahia não precisa de cardiologista. Aos 94 minutos, Rildo faz um lançamento milimétrico pra DAvó, que escora pro fundo das redes com uma categoria absurda, sem chances pro goleiro do Criciúma que vai voltar pra Santa Catarina sem fazer uma defesa em 90 minutos.
Aí irmão, o bicho pegou! Tomei banho de cerveja, barrufada de maconha na cara, joguei menino duzôto no pescoço, derrubei o óculos do maluco do meu lado, gritei, cantei, fiquei rouco e…
Bora Baêa Minha Porra!
Depois disso ainda teve um toró pra lavar a alma do Torcedor. Deu tudo certo, graças a Jah e a Davó! Guto, SINHA MIZÉRA! Não inventa mais. E parabéns por ter consertado a besteira a tempo, seu lindo.
Por Erick Cerqueira