Por que se aproveita tão pouco os jogadores da base no Bahia?

Por que se aproveita tão pouco os jogadores da base no Bahia?

A BASE É A BASE DE TUDO!

Por que se aproveita tão pouco os jogadores da base no Bahia?
Eric Ramires foi a última revelação do Bahia. Foto: Instagram

Na iminência do começo de uma nova Copa São Paulo e vendo como esta competição é importante tenho me perguntado por que se aproveita tão pouco jogadores das divisões de base no Tricolor Baiano? Difícil saber, afinal tem se investido bastante na contração de jogadores já formados e não vingados em outros clubes para o time de transição, que são apostas realmente baratas para disputar competições com menor apelo e exigência técnica, como infelizmente é o nosso falido campeonato estadual. Essa parte não é o erro de fato, alias é acertado dar uma folga para o elenco principal que terá 5 competições no ano, a exemplo do que aconteceu na temporada 2019.

 

Mas o questionamento a responder, diz respeito a utilização da atletas vindos diretamente das divisões de base do esquadrão, feitos em casa, com anos e anos treinando no CT e com uma incrível gana de vencer na vida. Jogadores de 17 ou 18 anos de idade no mundo do futebol são treinados para que sejam atletas de alta performance, pois já tem todo o aparato que o clube pode dar a eles, coisa que vai melhorar ainda mais com a ida para a Cidade Tricolor, creio eu. Tudo na vida de um atleta de alto rendimento é fugaz, rápido, célere e tanto pode ascender ou decair de uma hora para outra, mas é preciso ter mais confiança na garotada sim.

Numa visão comercial, essa faixa etária é a preferida pelos Europeus que veem nesses garotos, um potencial que poucos clubes brasileiros conseguem enxergar nos atletas vindo da base e eles não se importam em derramar Euros para assim triplicar ou quadruplicar o investimento que por aqui achamos se alto. Numa visão esportiva podemos dar a oportunidade do surgimento de uma estrela mundial sim, mas é necessário ampliar o espaço dado a atletas da base sim no Bahia. Entendo que o professor Roger não buscou de fato fazer isso esse ano, mas a tendência é que os clubes de ponta cada vez mais se valham de suas bases e as enxergam como uma solução esportiva e financeira no ano de 2020.

Há casos e casos, em 2020 o Palmeiras vai apostar na sua base após “fracassar” em 2019 com jogadores caros e que não trouxeram a resposta esportiva em campo, o Athletico do Paraná, que continua com seu projeto de base e já vendeu duas de suas crias ao Atlético de Madrid por cifras astronômicas, dentre outros clubes com essa projeção como o São Paulo e o Santos que vendem bastante por colocarem seus garotos em campo. Insta destacar que o Nordeste é um celeiro de grandes atletas, não à toa, muitos vingaram e saíram por vezes pelas portas dos fundos, desvalorizados e até dispensados porque os clubes daqui não tiveram a capacidade de enxergar a oportunidade e o talento de sua base e colocá-los em campo.

O Bahia tem que criar um cenário onde o time seja forte o suficiente para quando seu atleta de base chegue ao time principal seja inserido com normalidade, sem alarde, que saiba o que está ali fazendo, para que a torcida, que é um dos grandes fatores de queimar jovens promissores com sua impaciência, não atrapalhe o processo. Lembro que com 18 anos não há mais garotos no mundo do futebol e é essa a ideia que deve ser passada tanto aos atletas da base quanto os profissionais no trato deles. Na Europa há o cuidado, mas os jogadores de base entram com um pensamento profissional em campo, longe da visão que inclusive a mídia passa de que são garotinhos como se tivesse 10 ou 11 anos, tanto que quando os jovens brasileiros não despontam não é por falta de talento na maioria das vezes, mas pela falta de profissionalismo não exigido desde a base.

Precisamos de uma base cada vez mais forte, é um caminho natural do sucesso e de sobrevida financeira para o clube, um clube que muito revela muito fatura, sem ter que gastar um horror de dinheiro e fazendo com o clube e não saia para adquirir atletas caros que por vezes, não atendem ao perfil do clube e são caros.

Enfim, esperando que os olhos do clube se abra para a base e que a Copinha do Esquadrão seja muito boa, que avance ao máximo e que se projetem aos holofotes especialmente para revelar bons nomes, sou partidário que o time de base tem a fundamental tarefa de revelar bons nomes para o profissional do clube, não necessariamente ganhar o campeonato em si, pois uma boa revelação pode render maiores frutos ao clube, mesmo que um título seja importante. Queremos sim mais, Bobôs, Charles, Taliscas, dentre outros para termos mais orgulho ainda do nosso esquadrão e voltar a sermos reveladores de craques como sempre fomos e dentro de campos avançar mais ainda nas competições.

Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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