Vaias recalcadas da torcida do E.C Bahia

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Comportamento irracional da torcida determinou o mal resultado ontem, eu não tenho dúvida. O tricolor que vaiou Mádson ainda no primeiro-tempo foi o mesmo que fez o gol de empate do Atlético-PR, como também esse torcedor deve ter puxado o cartão vermelho para Hélder. Não há outra explicação razoável para a substituição de Mádson, que jogava bem, embora vaiado. A torcida forçou o técnico a fazer uma substituição que comprometeria o resto do jogo; ela ainda não satisfeita vaiou Talisca, que entrou bem e fez boas jogadas.

Esse “torcedor dos infernos” tem sobrado em alguns jogos do Bahia. Mas, ontem, se destacou e foi “o melhor” em campo. Eu ouso dizer que foram os mesmos que já vaiaram Cícero, atualmente no Santos, e foram os mesmo que vaiaram também Daniel Alves. A torcida do Bahia não muda sua mensagem racalcada formada em grande parte por treinadores de futebol ou jogadores que foram frustrados pelos seus pais. Vocês podem até achar que é “psicanálise de boteco” classificar essa gente de recaldada, mas vejam que as vaias vão sempre para os jogadores da nossa base, não vão para Raul e Barbio que ontem foram os piores em campo e me mataram de vergonha de torcer para o tricolor.

Aliás, o que eu gosto na torcida do arqui-rival é que a maioria sabe que é perna de pau e só serve para uns babas na praia, enquanto os torcedores do Bahia acham que são técnicos e jogadores que deveriam ser melhor vistos pelos treinadores. Contudo, é legítimo que se achem bons de bola. Mas, vaiar desde o primeiro-tempo o jogador da nossa base é estupidez e arrogância. Aliás, quem vaia jogador da base comete crime de lesa-pátria ao meu ver. O torcedor que vaia ao final do jogo pelo resultado tem o meu respeito, mas os que vão premeditadamente para vaiar nossa base merece estar no quinto dos infernos, não no Bahia.

Espero que Mádson e Talisca compreendam esse momento do Bahia e a sua torcida nesse momento muito mais disposta a vaiar que dar o seu incentivo ao time. E apelo ao bom sendo dos futuros técnicos de futebol e jogadores da seleção: que como torcedores precisam evoluir também para o incentivo quando o jogador precisa mais dele, não que fosse o caso de Mádson e Talisca que jogaram bem ontem. Daniel Alves, hoje no Barcelona, e Cícero, hoje no Santos, sabem muito bem o jeito da torcida do Bahia e podem servir de exemplo para nossos jogadores da base. A torcida é imediatistas sempre e não gosta de jogadores de futebol.

Mauricio Guimarães 

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