Conselho permanente com todos ex-presidentes do Vitória

Violencia no Barradão

Enquanto gastava as minhas duas últimas fichas de cerveja, já após o jogo, escutei um camarada bastante exaltado dizendo que já era hora de pensar no próximo ano. Essa afirmação, além de me fazer acreditar que para aquele torcedor nós já estamos rebaixados, carrega consigo algumas hipóteses que precisam ser analisadas com alguma frieza. Fiquei imaginando se após mais um rebaixamento o presidente licenciado decidir que assumirá novamente o seu posto e conduzirá, ou pelo menos tentará, o clube até o fim da sua gestão.

Provavelmente ele não trabalharia com aqueles que não lhe permitiram sequer acompanhar a delegação para o último clássico do ano, provavelmente também não traria novamente aqueles que ajudaram na sua eleição e participaram do fiasco administrativo que foi a sua gestão. Muito provavelmente teria que conviver com a oposição do presidente do conselho deliberativo. Apenas resultados muito expressivos em campo lhe dariam estabilidade administrativa.

Outra opção seria o presidente licenciado percebendo que goza de muito pouco, ou quase nenhum, prestígio com aqueles que o escolheram para encabeçar uma chapa, decidir lhes pregar uma peça encaminhando ao conselho deliberativo, assim como fez outro recente presidente, sua carta de renúncia. Me parece que a interpretação honesta do estatuto do clube obriga a, nessas condições, permitir aos sócios em um prazo máximo de doze dias eleger um novo presidente e um novo conselho deliberativo.

Pelo que escutei de um amigo conselheiro do clube, tem muita gente que está com um medo absurdo de os sócios decidirem “renovar” o conselho deliberativo com antigos nomes. Torço muito para que ainda não seja o momento de pensar em 2018, mas quando isso acontecer, sugiro ao presidente em exercício, seja ele quem for, que crie um conselho permanente com todos os antigos presidentes lhes permitindo participar da vida do clube, acredito que isso além de permitir o surgimento de algumas boas ideias, ainda controlaria a vaidade de alguns.

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