Após a derrota para o São Paulo, por 3 a 0, na Arena Fonte Nova, o técnico Rogério Ceni lamentou o episódio ocorrido antes da partida, em que um grupo de torcedores penduraram faixas em viaduto com frases de protesto e um boneco com o rosto do treinador, amarrado a uma corda. Ceni também falou sobre as vaias recebidas pelos jogadores durante o jogo.
“Eu lamento o episódio e não vou tecer comentário sobre o episódio em si. Eu acho que o torcedor fica chateado, fica triste, ele vai e até assim, me coloco no lugar de um jogador com 40 minutos do primeiro tempo, por mais que você erre e é doloroso É para a gente que está fazendo um trabalho muito equilibrado no jogo, e isso vai desencadeando. Daí o Cauly perde uma bola, as vaias vêm”, começou o treinador.
“Eu acho que é de direito do torcedor, ele paga o ingresso, vem, ele quer ver se o time venceu, quando não vence ele se frustra, assim como a gente se frustra, porque eu sei que o trabalho, nesse momento ele está dando resultados inferiores ao que a gente vem trabalhando no dia a dia. Eu entendo tudo isso. Eu lamento muito, porque eu gostaria que o torcedor estivesse feliz, que estivesse ovacionando todos nós. Nós não produzimos resultados suficientes para isso. Nós estamos devendo resultados”.
“Os jogadores sentem. Eu sei que o torcedor fica magoado e vai dizer, poxa, mas não me entregar o resultado nenhum. A única coisa que eu digo é que durante o jogo, se você começar a vaiar Cauly, Jean Lucas, qualquer jogador que seja, não vai favorecer a gente, não vai fazer com que o jogador execute melhores movimentos sendo vaiado naquele momento. Eu compreendo, é de direito. Não vem o resultado, é de direito. O jogador acaba sentindo bastante durante o jogo. Tudo que a gente não precisa nesse momento, já temos as nossas dificuldades, os nossos problemas, os nossos problemas. Nós precisamos realmente da presença do torcedor e tentando incentivar o máximo possível para que nas últimas rodadas a gente consiga classificar para essa Pré-Libertadores.