A 68ª edição do Prêmio Bola de Ouro ficou marcado pelo boicote do Real Madrid, que não compareceu ao evento após saber que o atacante Vinicius Júnior não seria eleito o melhor jogador da temporada 2023/24, mas sim o volante espanhol Rodri, do Manchester City. Vincent Garcia, editor-chefe da France Football, falou sobre a polêmica e apontou os motivos que levaram a que o brasileiro perdesse a disputa.
“É evidente que o Vinícius sofreu com a presença de Bellingham e Carvajal no top-5, porque matematicamente isso lhe tirou alguns pontos. Isto também reflete a temporada do Real Madrid, que teve três ou quatro jogadores (entre os candidatos), e os jurados repartiram os seus votos entre eles, o que acabou por beneficiar o Rodri”, explicou, em declarações à L’Equipe Tv.
Ele relatou que houve pressão do Real Madrid nos bastidores para que o brasileiro ganhasse o prêmio. “Tive muita pressão do Real Madrid, mas, como acontece com outros clubes, fui sempre claro e justo. Talvez o meu silêncio os tenha levado ao limite, mas fiz igual com os outros. Fiquei desagradavelmente surpreendido com a ausência deles”, frisou.
Garcia revelou ainda que a France Football optou por não comunicar aos clubes quem tinha sido o vencedor. “Fomos muito claros com eles e com todos os outros clubes. Este ano, o clube vencedor e o vencedor do prêmio não iam ser notificados. Pensei que todos tinham aceitado, mas no último momento, não sei porquê, quiseram mudar a regra. Quando o Real Madrid tomou a sua decisão, não tenho a certeza de que não tenha havido alguma decepção”, concluiu.
Em contato com a agência de notícias AFP, o Real Madrid criticou a Revista France Football e disparou: “A Bola de Ouro não respeita o Real Madrid”, declarou o clube em nota. Em seu perfil no “X” (antigo Twitter), Vinicius Júnior declarou: “Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”.