O lateral-direito Zeca, do Vitória, teve seu nome citado na Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga um esquema de manipulação de apostas esportivas no futebol brasileiro. Ele admite que foi procurado por um apostador, mas nega ter participado. A suposta conversa entre o atleta e o apostador aconteceu no ano passado, quando ele atuava pelo Houston Dínamo, dos Estados Unidos.
Na conversa, Bruno pediu para o lateral tomar um cartão amarelo no próximo jogo da equipe americana, mas o o lateral respondeu que não iria jogar na partida. Na sequência, o apostador pediu que Zeca indicasse algum companheiro de time para participar do esquema, e ele respondeu: “Vou ver aqui, irmão! E te falo, beleza? Vou ver e te falo já”. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o capitão do Vitória falou sobre a manipulação de resultados no futebol brasileiro, sugeriu uma cláusula que é utilizada nos Estados Unidos e defendeu punição para os jogadores envolvidos.
“A punição está aí. Todo mundo está vendo, ninguém vai ser bobo de fazer algo nesse sentido. Vão sair as punições. Estava nos Estados Unidos, e um fator que a MLS [Liga Americana] usa muito é a cláusula de contrato. Se eu não me engano, tinha uma cláusula em que o atleta não poderia fazer apostas. Não estou falando de manipulação. Estou falando de apostas. Tinha punições e até banimento. Por isso que não acontece lá”.
“É uma sugestão, fazer algo no contrato que vai pesar na carreira, no bolso. Não estou falando de Série A, B ou C, mas tem muitos jovens que não têm muita condição e acabam fazendo essas coisas erradas. Não tem justificativa para fazer isso. A CBF precisa agir e se impor nisso, colocar uma cláusula ou uma punição maior, em que todo mundo saiba que, se fizer, vai sair punido, prejudicando a carreira para o resto da vida”.
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