Após vários episódios de racismo no futebol nos últimos dias, entre eles, o do atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, que ouviu gritos de “macaco” da torcida do Valencia, a Confederação Brasileira de Futebol realizou no final de semana uma campanha de combate do racismo nos jogos da 8ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Jogadores e treinadores entraram em campo vestindo a camisa com a frase “com o racismo não tem jogo”. Em seguida, sentaram no gramado logo após o apito inicial em apoio à campanha – gesto copiado pelas equipes de arbitragem.
As faixas dos capitães, as moedas utilizadas pela arbitragem e as bolas dos jogos da rodada também tiveram a frase “com o racismo não tem jogo” gravadas. “Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade em mais de 100 anos de história.
A CBF é a primeira entidade esportiva do futebol a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023, em fevereiro. Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.