O Esporte Clube Bahia se tornou o 17º clube a entrar para a Libra (Liga do Futebol Brasileiro), que já conta com Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória. O Esquadrão era o único clube das Séries A e B que ainda não havia aderido formalmente a nenhum dos grupos, que buscam organizar a liga no futebol brasileiro. Em entrevista ao “GE”, o presidente Guilherme Bellintani explicou a escolha pela Libra ao invés da Liga Forte Futebol.
“A nossa percepção é que nenhuma das alternativas é perfeita, mas a gente nem espera que seja. A Libra parece ter um lado comercial mais sólido, mais avançado. O que nós queremos é construir coletivamente um modelo que seja o mais equilibrado possível”, disse Bellintani.
“Não adianta dar um número máximo entre primeiro e último se no meio da tabela as diferenças forem problemáticas. Estudei muito os números, as tabelas das duas propostas. E elas não são tão diferentes quanto os discursos sugerem. O Bahia aceitou o convite da Libra porque considera que o melhor caminho é discutir por dentro.”
Bellintani também revelou algumas ideias que pretende levar à Libra, uma delas sobre o processo decisório, que em sua constituição, estabeleceu que todas as decisões a respeito de dinheiro só poderiam ocorrer com unanimidade. “É contraproducente. Pode-se criar algumas regras de maioria qualificada para alguns assuntos, há várias possibilidades. Mas a unanimidade não é o melhor caminho”, disse.
Outra ideia que será apresentada é mudar a divisão dos recursos. “Não quero entrar no reducionismo de citar aqui um número mágico e achar que isso vai resolver tudo. Nesse ponto que considero que algumas ideias da Liga Forte Futebol podem ser aproveitadas. É justo que quem tenha mais receitas hoje queira manter sua posição, mas a divisão precisa ser mais igualitária daqui para frente, quando o bolo começar a crescer.”