Contratado para impor mais experiência ao sistema defensivo do Vitória, Dalton ficará de fora do jogo decisivo da temporada. Diante do Brasil de Pelotas, no próximo sábado (13), o arqueiro, de 35 anos, cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo recebido no triunfo por 2 a 1 sobre o Mirassol. O confronto aconteceu na 18ª rodada da Série C do Brasileirão.
Para a posição dele, o técnico João Burse tem à disposição somente Yuri Sena. Lucas Arcanjo se recupera de lesão e está fora do restante da Terceirona. Para Dalton, o até então titular fez partidas importantes para que o Leão da Barra chegasse à última rodada com chance de classificação.
“Antes de responder, queria pontuar uma situação. Se a gente está vivendo esse momento, não é por minha culpa ou só por isso. Jogamos 18 jogos até agora. Nosso campeonato não é só essa final. Joguei cinco jogos. Queria deixar claro que, se estamos nessa situação, é pelo Lucas também. Vivi essa mesma situação que o Lucas está passando no Paysandu. Sei o quanto é dolorido. Fiz 13 jogos até a lesão. E depois da lesão, ninguém lembrou de mim quando conquistamos o acesso. Senti na pele aquilo. Foi uma coisa que me machucou muito. Que fique claro e bem lembrado o que ele fez até a minha entrada. O que acontece depois é consequência”, analisa o ex-arqueiro do Linense-SP, onde disputou 15 jogos neste ano.
Ciente da capacidade de Yuri, Dalton demonstra confiança no substituto imediato. “Yuri é um guri fantástico, cara que trabalha muito com a gente, tem potencial incrível. Acredito no que ele faz, no trabalho que desenvolve. Conversei com ele antes e depois do jogo. O nosso futuro dependia daquele jogo contra o Mirassol. Responsabilidade era muito grande e continua sendo. Ele sabe da responsabilidade, cara consciente, demonstra isso. Ele vai fazer o melhor”, acrescenta Dalton.
O placar do último domingo (07), conquistado fora de casa, contra o líder da competição, passou pela atuação brilhante do experiente goleiro. Grande destaque do time rubro-negro, ele interviu, pelo menos, em cinco momentos cruciais de investidas do Mirassol.
“Uma das [atuações] mais marcantes [da carreira], sim. É inegável. Pelo que o jogo representava, não só na parte individual. Na parte de que dependeríamos daquela vitória. Funcionários dependem disso, a gente depende. Muitas pessoas dependem da gente, não só da parte financeira, mas os torcedores também. Quando tem esse entendimento, fica mais prazeroso você saber que um vitória pode fazer tanto. É mágico, surreal. A gente vai continuar lutando até o final”, explica.
Há sete rodadas de invencibilidade, o Vitória está com 45% de chances de conquistar uma vaga na segunda fase da Terceira Divisão do certame nacional. O bom momento tem contado com o apoio em massa da torcida, que realizou o “aeronegô”, uma festa que marcou muita comemoração na saída e na chegada da delegação na capital baiana.
“A gente sente o calor, essa vibração. Duvido que alguém não tenha se arrepiado naquele momento. É sentimento, emoção, coração. É inegável dizer que a gente não leva esse sentimento. O torcedor é o 12º jogador. O retorno foi surreal, difícil mensurar em palavras o que sentimos”, finaliza.
O duelo de rubro-negros está agendado para acontecer no próximo sábado (13), às 17h, no estádio Manoel Barradas (Barradão). De um lado, a equipe baiana mira a classificação, do outro, o time gaúcho batalha pela permanência na penúltima divisão nacional.
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