Bellintani aponta ‘golpe’ sobre tentativa de impeachment no Bahia

Com mandato válido até dezembro de 2023, gestor do Bahia indicou "grupos aventureiros" presentes no Conselho Deliberativo do clube como responsáveis

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, esteve no radar de alguns conselheiros do clube, que tiveram a tentativa de remover o gestor do cargo por meio de um impeachment devido a demora para contratar um diretor de futebol. É o que aponta o próprio dirigente em entrevista ao PodInfo Bahêa. O fato teria acontecido no começo de 2022.

 

“Até pedido de impeachment eu recebi por não ter contratado diretor de futebol. Eu compreendo tomar porrada por, depois do rebaixamento, não ter contratado diretor de futebol. Tinha até gente contabilizando. A prioridade do ano sempre foi voltar à primeira divisão e eu entendia, estando certo ou não, sofrer com críticas por não contratar do que contratar alguém que não tivesse convicção, que não pudesse nos ajudar”, explicou Bellintani.

De acordo com o mandatário tricolor, no período não existiu justificativas válidas para um pedido de impeachment. As solicitações não foram validadas pela Mesa do órgão no clube, visto que não atendia aos requisitos para inauguração do processo. Bellintani tem contrato no clube até o término de 2023. Ele foi reeleito em 2020 com 86% dos votos. O atual triênio começou em 2021.

“Aquele momento de fevereiro e março, talvez tenha sido tão difícil quanto o do rebaixamento, ou mais, a ponto de no rebaixamento não ter tido pedido de impeachment no Conselho Deliberativo, e em março a gente tem uma tentativa de golpe dentro do clube por grupos políticos que se diziam democratas, defensores e construtores da democracia, com discurso bonito de democracia, mas tentaram golpe por meio de pedido de impeachment, no qual o principal motivo seria a não contratação de um diretor de futebol, que geraria uma gestão temerária. Com essa desculpa esfarrapada, para ganhar seguidor no Twitter”.

“É legítimo fazer pedido de impeachment? Pode ser. Gente, o estrago que a gente causou no sentimento da torcida foi enorme. Quantas vezes eu dormi bem? Nenhuma vez desde novembro. E só vou dormir bem quando voltar à primeira divisão. Eu mereço sofrer isso, por ter sido o principal responsável. Mas se o clube tem respeito institucional, tem um estatuto, um presidente que levanta a cabeça e vai trabalhar todos os dias, que não está sacaneando o clube, que está todo dia tentando recuperar a bobagem que ele fez, isso precisa ser respeitado. E vêm grupos aventureiros pedindo impeachment por não ter um diretor de futebol”.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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