Presidente Jacuipense diz ter sido hostilizado por torcedores do Atlético-BA

O mandatário, que estava no espaço reservado à diretoria do clube visitante, foi atacado por latas, copos e garrafas

Foto: Divulgação

Na tarde deste domingo (03), Atlético de Alagoinhas e Jacuipense empataram por 1 a 1 no Estádio Antônio Carneiro, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Baiano de 2022. Miller fez para os mandantes e Jerry (contra) igualou para os visitantes. Em entrevista à rádio Salvador FM 92,3, o presidente do Leão do Sisal Gegê Magalhães, relatou ter sido agredido por torcedores do Carcará durante o confronto. O mandatário, que estava no espaço reservado à diretoria do clube visitante, recebeu muitos xingamentos e foi atacado por latas, copos e garrafas ao comemorar a defesa de pênalti de Mota na cobrança do meia Miller, e fez um forte desabafo.

 

“A gente estava no nosso espaço reservado à diretoria e tivemos um problema. Fomos hostilizados, tive que acompanhar [o jogo] da cabine de uma rádio vizinha mais da metade do segundo tempo. Mas em Riachão, que é nossa terra, somos receptivos. Não vamos hostilizar ninguém. Torcedores do Atlético, podem ir para Riachão que vamos tratar vocês com respeito. Porque falta de respeito acabou no futebol. Esse negócio de torcida organizada, brigar, acabou no futebol. As pessoas aqui não entendem. Eles acham que Jacupa é xingamento, é tomar no não-sei-o-que-lá. Jacupa é o Jacuipense, é o nosso grito de guerra. Vamos para cima, Jacupa!”, afirmou.

“O futebol faz as pessoas felizes. Quando se hostiliza uma pessoa, não é felicidade. Torça para você, não xingue o outro. Não tem por que xingar ninguém. A gente entra no estádio com a torcida linda do Atlético. Linda essa torcida. Mas ser hostilizado dentro de um lugar, porque você estava torcendo para o seu time. Você não xingou ninguém, estava torcendo para seu time. Eu estava gritando Jacupa! Jacupa não é xingar ninguém. Eles vem para cima da gente parecendo bicho. Recebi garrafada, copo na cabeça. Felipe [Sales, presidente do Conselho Deliberativo] recebeu aqui também. Eu tive que me esconder. Não sou de me esconder, mas também não sou de confronto, deixa brigar sozinho”.

“As pessoas precisam entender o que é futebol. Futebol é feito para competir 11 contra 11 dentro de campo. Fora disso, tem que ser todo mundo unido. Futebol é feito para o povo. Foi feito para as pessoas se divertirem. Não para ter briga, rixa de torcida, nada disso. Fica triste essa mensagem no final. Entretenimento não é isso. Entretenimento é festa, são as pessoas se juntando, cantando uma música só. Temos que cantar a paza no estádio. Não tem que ter briga, xingamento. É o meu desabafo. A gente vê muitas brigas e guerras entre torcidas, inclusive morte entre torcedores. Mas você está aqui no local e ser hostilizado. Recebi uma garrafada que podia bater em minha cabeça e talvez eu vir a óbito. Bateu garrafa, lata… Tive que me esconder. Não é isso que é futebol”, desabafou.

A partida de volta será no próximo domingo (10), às 16h, no Estádio Eliel Martins, em Riachão do Jacuípe. Um novo empate (por qualquer placar) leva a decisão para disputa por pênaltis, enquanto quem vencer, se tornará campeão baiano de 2022.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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