A comissão eleitoral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou uma reunião, no último domingo (20), para tratar do pedido de impugnação da eleição da entidade solicitado, na semana passada, por um dos vice-presidentes da confederação, Gustavo Feijó. A entidade máxima do futebol nacional rejeitou a demanda. O vice-mandatário utilizou como argumento a alteração das regras eleitorais da CBF por parte da mudança estatutária, que não contabilizou a participação dos clubes de primeira divisão do Campeonato Brasileiro Feminino.
Formada pelos advogados Fernando Barbalho Martins, Pedro Freitas Teixeira e André Luiz Faria Miranda, a comissão ponderou o fato de que Feijó, juridicamente, sequer possuía interesse na eleição, sobretudo porque não registrou candidatura.
Do mesmo modo, conforme constatado na ata da reunião, ficou entendido que “o colégio eleitoral da CBF é o que possui o maior número de clubes votando em suas eleições e, dentre tais agremiações, a maioria absoluta possui equipes de futebol feminino que disputam as séries A e B, o que, por si só, já seria suficiente para afastar tal argumento”.
Além disso, o coletivo considerou, na mesma proporção, que “não tem competência para rever as regras de elegibilidade ou a composição do Colégio Eleitoral”. Sendo assim, “as atribuições do colegiado se limitam à condução do processo eleitoral, estabelecendo os procedimentos a serem seguidos, presidindo os atos que materializam o pleito, fiscalizando a conduta dos candidatos e membros do Colégio Eleitoral e decidindo eventuais controvérsias decorrentes da interpretação das normas aplicáveis ao processo eleitoral”.
O dirigente alagoano, apesar de ser contra os interesses do presidente em exercício, Ednaldo Rodrigues, também não oficializou chapada para a eleição, agendada para a próxima quarta-feira (23). Como resultado, em função da candidatura única, o gestor baiano, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF), vai assumir, de forma definitiva, o comando da CBF pelos próximos quatro anos.
Outro argumento citado por Feijó, de que, na condição de mandatário em exercício, Ednaldo não teria o direito de convocar a eleição de quarta-feira. No entanto, a comissão eleitoral enfatizou o contrário: “Não só pode o presidente interino da CBF convocar a referida Assembleia, como deve fazê-lo”.
Os vice-presidentes de Ednaldo Rodrigues serão Fernando Sarney, Antonio Aquino Lopes, Reinaldo Carneiro Bastos, Rubens Lopes, Francisco Novelletto, Roberto Goes, Marcos Vicente e Hélio Cury.
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