Ricardo Chaves: “Não vemos mais um brio no jogador do Bahia”

Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM, cantor e compositor também criticou gestão do presidente Guilherme Bellintani

Foto: Arquivo Pessoal

Desde o rebaixamento do Esporte Clube Bahia para a Série B do Campeonato Brasileiro, diversos torcedores tricolores ampliaram a reprovação a gestão do presidente Guilherme Bellintani no clube. Um deles, o cantor e compositor Ricardo Chaves, acredita que as apresentações ruins do atual elenco podem ser somadas às últimas temporadas. Para ele, os jogadores demonstram muita passividade nos jogos e distancia o torcedor do time.

 

“Como estamos falando de um time de futebol, que não rende dentro do campo, vou me ater a isso. Nota 4,5 (…) Dentro de campo o Bahia está deixando a desejar, e tem tido uma distância com o torcedor. Não vemos mais um brio no jogador do Bahia. Isso é de algum tempo. Você destaca um ou outro que se identificou. Gilberto foi um. Era um cara que sentíamos que encarnava a camisa tricolor. Estamos vendo um time muito passivo dentro de campo há alguns anos. Não são esses de agora, mas desde lá de trás. São coisas que vão distanciando o torcedor do time”, avaliou, em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3.

Questionado sobre um dos assuntos mais debatidos no meio desportivo, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Ricardo mostrou cautela para concordar ou discordar da execução do novo modelo administrativo de alguns clubes brasileiros, por exemplo, o Cruzeiro e o Botafogo. Nas últimas semanas, o Conselho Deliberativo do Bahia realizou reuniões para discutir a temática.

“Esse modelo da SAF é uma tendência. Várias franquias vão captar jogadores para os grandes clubes. Não é só aqui. Como estamos em uma crise tão grande, qualquer notícia o torcedor quer se agarrar como tábua de salvação. Olha, do jeito que está não dá para continuar. Em compensação, eu, enquanto torcedor, ainda preciso de muita informação para saber o que é verdade e o que é especulação nessa proposta. Não é uma coisa aberta como deveria ser, mas eu espero que o que venha seja melhor. Eu tô preocupado com o que vão fazer com o time que aprendi a amar. Porque o futebol não é só negócio. É também negócio. Quando vemos a Fifa fazendo Copa do Mundo a cada dois anos, percebemos que o torcedor está sendo substituído pelo apostador. Ao mesmo tempo, não dá para nadar contra a maré. Se não for agora, vai ser daqui a pouco. O cavalo quando passa selado, temos que montar. Mas tem que saber quem é o cavalo, se está bem selado, essas coisas. Eu gostaria de saber detalhes minuciosos do que está acontecendo com o clube da gente”, explicou.

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