E.C Bahia: O pior não é a queda, é a aterrissagem - por Erick Cerqueira

E.C Bahia: O pior não é a queda, é a aterrissagem – por Erick Cerqueira

E.C Bahia: O pior não é a queda, é a aterrissagem – por Erick Cerqueira

Ao contrário do que muitos corneteiros estão dizendo, o Bahia de Dado está em franca evolução. A verdade é essa. O time que tomou 5 do Flamengo com a estreia da zaga Conti-Ligger, manteve a mesma dupla de área e só tomou 3 do Atlético. Depois, trocou Ligger por Luiz Otávio e aí só tomou de 2. Mas a gente precisava entender que o trabalho de Dado não poderia ser questionado. Afinal, ele pegou uma sequência de pedreiras e não tem jogadores à altura e talz. E aí viria a sequência ideal para a recuperação das vergonhosas apresentações, de quatro partidas sem fazer um único gol, afinal tinha perdido pro São Paulo também. Então…

 

A reação deveria vir na sequência de quatro jogos considerados mais fáceis. Os porteiros da zona de rebaixamento Sport e o Cuiabá.  O meeiro Atlético Goianiense. E o vice lanterna Grêmio. A reabilitação começaria em casa, em PituAço, contra o Leão da Ilha combalido e ainda todo desfalcado. MAS… 

Uma postagem no twitter parecia premonitória: se o elenco quer mesmo derrubar o técnico, o jogo era esse. E foi.

O Bahia dominou o jogo, foi amplamente superior, principalmente no segundo tempo, mas perdeu todo tipo de gol de cara. Gilberto logo no início, Conti debaixo da trave, Rossi sozinho com o goleiro… foi um festival. No final do jogo, quando tudo já se encaminhava para um empate trágico, veio o castigo ainda pior. Como desgraça pouca é bobagem, os visitantes arrancaram num contra-ataque pela esquerda, Conti, morto, olha pro centroavante chegando na área e marca ele com o olho. No cruzamento, perfeito, veio a cabeçada indefensável, por debaixo das pernas do goleiro de voz ativa, que realmente não teve culpa nenhuma. 0x1.

E não adianta nem comentar nada sobre o jogo em si. A vergonha é essa aí mesmo.

Era um clássico nordestino, era o jogo de virar a página. Mas virou A MAIOR SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA DO BAHIA, COM 5 DERROTAS E NENHUM GOL. Em tempos Olímpicos, Medalha de Ouro pro presidente Bellintani. Essa marca é toda sua. 

Bora Baêa Minha Porra! 

Mais uma apresentação lamentável. Mais uma derrota inexplicável pra se tentar explicar. Agora não tem a desculpa de que a sequência era pesada, o adversário era mais qualificado, tinha mais dinheiro, mais sócio-torcedor… NÃO TEM DESCULPA.

Após a segunda derrota para o Atlético MG, vi diversos perfis defendendo a manutenção do treinador. Pobre Dado é o cacete!  O time está há mais de 450 minutos sem fazer um gol e ainda tinha torcedor defendendo o técnico. A que ponto de passividade chegou, parte da torcida do Bahia. Dado está perdido. O time não tem variação tática. É sempre a mesma coisa: cruzamento errado e esperar um rebote. Sem contar as alterações, sempre as mesmas, que não mudam em nada o panorama do jogo. Aliás, só piora. Sempre insistindo com Ruiz. 

Nos últimos 9 jogos disputados, o time venceu apenas 2. Fez 8 gols e levou inacreditáveis 19. Um aproveitamento pífio de 22%.

O #ForaDado se tornou imprescindível. 

Ah, mas quem virá? 

Bem, isso é problema da diretoria. Eles ganham muito bem pra isso. 

Agora, não será somente a chegada de um novo técnico que fará o clube deslanchar, como aconteceu no Flamengo ou no Fortaleza. Sem reforços, nada feito. 

E se o presidente tá pensando em não contratar por causa da crise, é bom lembrar do filme francês, LA HAINE (O ÓDIO). “O mais importante não é a queda. É a aterrissagem”. 

E não podemos ficar assistindo cair e dizendo: jusqu’ici tout va bien, jusqu’ici tout va bien…

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva e Publicitário. Twitter: @ericksc_



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