Quando o Bahia perdeu pro Atlético/MG por 3×0, repetindo a dupla de zaga que havia tomado 5 do Flamengo, já era pra Dado ter ido embora. O time já vinha de uma sequência de 5 derrotas humilhantes, sem demonstrar o mínimo poder de reação, mas Bellintani apostou (como eu) que a sequência mais fácil estava por vir, Era a chance de Dado se recuperar. A sequência era perfeita, com 4 jogos com times de baixo da tabela e o Fluminense. Lembro de ter dito: o Bahia tem obrigação de ganhar 4 das 5 partidas. Mas…
O Bahia entrou em campo contra o Atlético/GO de Zé Orêa, Eder e Barroca como se estivesse jogando fora de casa. Até os 15 minutos do primeiro tempo só deu os caras. ERa impressionante ver o Bahia acuado contra um time que só não conseguia chegar assustar Matheus Teixeira. Eis que Gilberto resolve fazer um golaço de fora da área. Uma patada no ângulo, sem chance pra Fernando Miguel (aquele da Fuga das Galinhas). Golaço, 1×0. Mas confesso que não comemorei como faço. Sem gritos de gol em casa, sem figurinhas do Azambuja falando GÔ nos grupos de whatsapp, nada. Era como se não acreditasse mais no time. O Bahia de Dado/ Bellintani tirou o meu tesão de gritar GOL do meu time do coração. Vocês tem noção do que é isso?
Fim do primeiro tempo. 1×0 e algumas chances perdidas.
Veio a segunda etapa e o Bahia partiu pra cima, Várias chances perdidas até os 10 minutos. De repente, num lance IGUAL ao do gol do Sport, o cara sai sozinho pela Av. Lateral Esquerda Tricolor, cruza e o centroavante dos caras, Zé Roberto (acredite) cabeceia tirando Nino no corpo e aproveitando a falha de Conti. 1×1
Como nos outros jogos, o time toma o gol e se perde. Cinco minutos depois, os caras pressionam Luiz Otávio, que atrasa pro goleiro. Matheus Teixeira faz uma merda gigante, mais cheio de estilo, saindo errado e dando a bola nos pés do adversário. O cara avança, Conti brinca de macaquinho com o outro atacante, Luiz Otávio não chega e eles viram. 1×2.
Acreditem.
Aí, Mestre Dado faz o quê? As mesmas alterações que nunca dão certo. Ruiz, Gaudezânimo, Rodallega…
Aliás, Hugo Rodallega. Entrar no segundo tempo, com o time perdendo, no lugar do artilheiro, ANDANDO, irmão? Nem pra Hebert Conceição descer da arquibancada e quebrar você no cacete. O cara me entra em campo numa LERDEZA DA MIZÉRA, parecia que tava maconhado, andando em campo. Bicho, se é no meu baba, (alô Boleiros de Aço, tamo junto) iria tomar um esporro do tamanho do mundo de um zagueiro invocado, que joga de calça, lá. Mas no Bahia, com Rodriguinho de Capitão, irmão. É capaz dele virar titular
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Fora Dado! Se não caiu, que caia logo! O cara rasga elogios ao Raniele, no jogo passado, e hoje deixa o menino no banco pra assistir Gaudezani. Colocou Ruiz que já mostrou que foi um erro. Manteve o lerdo Rodriguinho. O time está há 6 jogos sem vencer no Brasileirão. E nessas seis partidas fez apenas 2 gols e levou 13.
O time despencou da luta pelo G8 para a 12ª posição, à frente três pontos do Sport, o primeiro da Zona de Rebaixamento. O aproveitamento de Dado é de 37% no Brasileirão. Já foi eliminado de todas as outras competições que disputava. Vai viver até quando do Nordestão?
Dado PRECISA sair, mas todos sabemos que a culpa não é só dele. A gente sabe que as duas grandes contratações do Bahia foram fiascos homéricos. Ruiz e esse Rodallega. Sem contar Gaudezani. O Lucas Mugni ao menos é esforçado. Mas jogar ao lado de Rodriguinho deve ser difícil. O Bahia precisa mudar. E não tem tempo pra recuperar treinador. Que já teve seus serviços prestados ao Bahia. Valeu, foi bom, ficou ruim, Adeus.
Quem vai entrar? Bem, já disse aqui. O Lucas Drubscky ganha para definir isso. E vem fazendo um trabalho ridículo pelo que ganha, inclusive.
Por Erick Cerqueira