Triunfo, quebra de tabivis e oscilações Tricolores – por Erick Cerqueira

O Bahia, mais que o futebol, é a verdadeira caixinha de surpresas.

Fala, Nação Tricolor! Que Bahia é esse? 

A gente sempre comenta nas rodas de bar que todo time oscila no campeonato. Mas o Bahia não só oscila como é praticamente uma montanha russa. Não dá cravar o que virá desse time nos 90 minutos.

Se contra o Inter a gente fez a pior partida do ano e tomamos 1×0, podemos dizer que o time fez as duas melhores partidas do Brasileirão nos jogos contra o Red Bull e o Palmeiras, apesar de sair somente com 1 ponto desses dois conflitos.

O Bahia, mais que o futebol, é a verdadeira caixinha de surpresas.

Quando tomamos aquele terceiro gol na casa do Palmeiras, a gente saiu pensando: que injustiça. Jogamos muito contra um grande clube, na casa deles. Viramos o jogo, botamos pressão… mas o Coelho mineiro vai pagar a sacanagem do porco paulista.

Aí tome balde de água fria, com o atual vice-lanterna colocando 4×1 na gente, em pleno PituAço. Surge a desconfiança: o Bahia não sabe ser protagonista (CERQUEIRA, Ruy. 2021). E pra piorar, viria a Chape, de novo, a atual vice-lanterna.

Começa o jogo na Arena Condá, onde nunca havíamos vencido, e o  time faz 30 minutos de um futebol ruim, sem um chute a gol. O trauma de ressuscitar defunto volta a assombrar a torcida, que já começava a xingar Dado por não colocar Gilberto logo, já que Rossi também desfalcava o time. Pra piorar, ele coloca Rodriguinho de falso 9, Tonny Anderson de falso 10 e Thaciano de falso ponta-direita. Com tanta falsidade o time não andava e a desconfiança crescia. Do outro lado a Chapecoense vivia de bola cruzada na área.

Michael Douglas faz grande jogada e chuta. O goleiro dá rebote e Thaciano não alcança.

Acredite, foi o único chute perigoso do primeiro tempo em direção ao gol.

Segundo tempo e a Chape quase marca aos 16. Aos 19, 1 minuto antes do que ele sempre faz, Dado coloca Gilberto em campo e o maior artilheiro da história do Bahia em Campeonatos Brasileiros muda o jogo.

Cruzamento na área, rebote da zaga e a bola procura o craque. De fora da área lança um foguete e o goleiro só fez cair sentado igual uma jaca. Bahia 1×0, aos 21:36min do segundo tempo. 

Aos 23:36min, exatamente 2 minutos depois, Gilberto disputa cruzamento de Nino pelo alto, mas a bola sobra pra Rodriguinho, que “fazia hora-extra em campo” (OLIVEIRA, Anderson. 2021), fazer o segundo gol e fechar o placar. Bahiaço 2×0.

BORA BAÊA MINHA PORRA!

Com o triunfo o time volta a encostar no G4 e o mais importante, se consolida na primeira página nessa rodada. Acaba um tabu de não vencer em Chapecó, termina a sequência de duas derrotas pra times de verde, pra afastar qualquer superstição e consegue recuperar 3 pontos perdidos no jogo passado. Ainda falta buscar fora pelo menos 5 (contra Inter e Corinthians), pra ficar bem na fita.

Que venha o Juventude (outro verde)! Tem que brocar, fazer o dever de casa e manter esse bom início de campeonato. Mas tem de jogar bem mais do que vimos hoje. 

Tomara que jogue como o Bahia que jogou contra o Palmeiras, e consiga o resultado que conseguiu contra a Chape, nessa montanha russa de oscilação que é o nosso Tricolor!

Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_

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