Bahia vai ao mercado em busca de reforço para repor saída de Thaciano

Vitor Ferraz garantiu que o clube vai ao mercado para repor a saída do meia.

O Esporte Clube Bahia iniciou o Campeonato Brasileiro com muitas carências no elenco, motivo das cobranças dos torcedores e até mesmo do técnico Dado Cavalcanti. No entanto, até o momento, chegaram apenas o zagueiro Ligger, de 33 anos, que não vinha sendo aproveitado no Bragantino, e o centroavante Hugo Rodallega, de 35 anos, que estava atuando no futebol turco. Por outro lado, o time tricolor perdeu o zagueiro Juninho, negociado com o Midtjylland, da Dinamarca, e o meio-campista Thaciano, que pertencia ao Grêmio e recebeu uma oferta do futebol turco. O Esquadrão até cogitou igualar a proposta para ficar com o atleta, mas esbarrou no salário, já que o jogador receberá mais do que o dobro do que recebe atualmente.

 

Em entrevista ao programa BN Na Bola, da rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, o vice-presidente do Esporte Clube Bahia, Vitor Ferraz garantiu que o clube vai ao mercado para repor a saída do meia.

“No caso de Thaciano, tínhamos o direito de preferência por igualar, e nós inclusive manifestamos ao Grêmio a intenção de igualar a proposta. Contudo, a gente tem que observar todas as partes envolvidas no contrato. Thaciano recebeu uma proposta para ele que representava mais do que o dobro do que ele recebe no Bahia. E aí ficou algo absolutamente fora da nossa realidade. A impossibilidade se deu por essa circunstância específica e isso faz parte. O Bahia vai ao mercado, logicamente. Não vou dar prazo, mas a gente está, desde a semana passada, trabalhando no levantamento, análise técnica de alguns atletas, a partir do banco de dados que o clube dispõe, avaliando possibilidades práticas, disponibilidades de atletas no mercado, para que a gente posssa, o quanto antes, cobrir essa lacuna que pode ser deixada por Thaciano”, destacou Ferraz.

Vitor Ferraz também falou sobre a negociação do zagueiro Juninho, que foi adquirido por R$ 5,7 milhões junto ao Palmeiras, e foi negociado por  R$ 10 milhões, porém, o Bahia só tinha direito a 50% do valor (R$ 5 milhões). O dirigente frisou que o Bahia não teve prejuízo.

“Se a gente fizer uma análise simples, que a gente comprou um atleta, utilizou ele por dois anos, e ainda que venda pelo mesmo valor, ainda temos vantagem. Ele está dois anos mais velho, nos performou tecnicamente, e já não tem a mesma idade. Sabemos que o fator idade é muito relevante quando se trata de transação de atleta. Esse é um aspecto. Outro aspecto muito importante é que nós fizemos a aquisição de Juninho, mas o Palmeiras permaneceu durante todo esse período pagando uma parte importante do salário de Juninho e cobrindo 100% dos encargos (…) Quando a gente coloca esse valor na conta, o que o Bahia pagou de fato é significativamente menor. A equação final é um valor muito menor. Isso é fundamental para a análise do negócio em si. Evidente que há uma perda técnica, e se o clube estivesse em uma outra condição financeira, talvez nós pudéssemos nos dar ao luxo de não fazer o negócio agora, correndo o risco de, ao final da temporada, não chegar um outro negócio, ou chegar um inferior. Mas temos que ter a tranquilidade de saber que, considerando todas as circunstâncias envolvidas nessa transação, foi um negócio bom para o clube”, destacou.

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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