Por que os clubes aceitam todos os deslizes dos presidentes da CBF?

Rogério Caboclo é mais um presidente envolvido em escândalos

A situação do atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo, é complexa, podemos até dizer vergonhosa. O cartola foi afastado do cargo e por estar sendo investigado inicialmente pela comissão de ética da própria CBF, porém, ainda pode ser interpelado por outras instância da Justiça Comum por crime de assédio sexual e moral contra uma funcionária da CBF. Apesar dos áudios divulgados pelo programa Fantástico no último domingo, onde o crime pode ser ouvido de forma clara e indiscutível, ele nega todas as acusações.

 

Se não bastasse a complexidade do caso, o cartola no apogeu do escândalo resolveu comprar um novo jato para a entidade no valor de US$ 14 milhões (cerca de R$ 71 milhões) pagando à vista num momento da crise em decorrência da pandemia e os clubes menores vivem a mingua. O valor foi acertado e pago na última sexta-feira, justamente no dia que foi denunciado.

Porém, o atual presidente da entidade, ainda que de forma ainda interina, tenta desfazer a compra absurda. O curioso deste e outros casos envolvendo os presidentes da CBF, sempre envolvidos com roubos, prisões, acusação de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e suborno como aconteceu Marco Polo Del Nero, que foi banido de vez do futebol pela Fifa, qualquer um cartola que senta naquela cadeira da presidência da CBF  é prestigiado de forma irrestrita pelos clubes que são na verdade a essência e a própria razão da existência da CBF, isto independente do tamanho das falcatruas que cometeram por isto foram condenado pela Justiça.

No longo período de denúncias de ROUBOS de vários cartolas comprovados, alguns impossibilitados de viajar para o exterior para não ser preso, foi o caso do Marco Polo Del Nero, foi o caso José Maria Marin que vacilou, viajou e foi trancafiado na Suíça, depois transferido para uma prisão federal nos Estados Unidos onde comeu o pão que o diabo amassou, cumpriu pena, devolveu parte dos valores surrupiados e não sabemos por onde anda e o que está fazendo.

Vale lembrar que Marin chegou na CBF para substituir Ricardo Teixeira que também foi  BANIDO pela FIFA por gatunagem de toda ordem, ainda assim, não se observou, não se observa, qualquer reprimenda ou um simples murchoso ou cara feia ou descontentamento com a política implantada na CBF, seja do Bahia, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, etc, ou qualquer clube do futebol nacional em numa omissão despachamente misteriosa que deixa o torcedor com diversas pulgas atrás do orelha. Qual será o motivo de tamanha generosidade?

Voltando ao mundo real, de acordo as informações do site UOL, Rogério Caboclo assinou os papéis de compra de um jato Legacy de 16 lugares e mandou que o valor fosse pago à vista. O portal ainda diz que a compra não foi informada aos outros dirigentes.

A Confederação já tem um avião Citation, com capacidade para 12 pessoas, que é utilizado pelo presidente em viagens de trabalho. Se a negociação não for desfeita, a intenção é revender a aeronave. Ainda existe um receio de que o gasto alto gere um desgaste com os clubes, que vivem uma situação financeira complicada.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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