Na manhã desta terça-feira, em evento realizado no Palácio do Palácio, sede do Governo em Brasília, o presidente da república, Jair Bolsonaro, confirmou a realização da Copa América no Brasil. Ele afirmou que consultou “todos os ministros interessados” – incluindo Marcelo Queiroga, da Saúde – e obteve o consentimento de todos. Portanto, “no que depender do Governo Federal, será realizada a Copa América no Brasil”, afirmou. O anúncio do Brasil como sede ocorreu após desistência de Colômbia e Argentina, ambos por conta do aumento no casos de coronavírus. O protocolo será o mesmo da Libertadores e Sul-Americana.
“Fui instado no dia de ontem pela CBF. Conversei com todos os ministros interessados. Da nossa parte, positivo. No que depender de mim, e de todos os ministros, inclusive da Saúde, está acertado, haverá (a Copa América). O protocolo é o mesmo da Libertadores, é o mesmo da Sul-Americana e também da Libertadores” disse Bolsonaro.
Logo após o anúncio da Conmebol, na segunda-feira, especialistas em saúde criticaram a escolha do Brasil como sede. O país soma quase 463 mil mortes por Covid, além de 16,5 milhões de casos confirmados da doença. Nesta terça, a Copa América foi alvo de críticas de senadores na CPI da Covid, no Senado. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou a decisão de “escárnio”.
“Não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil. Não é esse o campeonato que precisamos agora disputar. Precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato que precisamos disputar ganhar e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado”, discursou.