Técnico do Bahia comenta possível paralisação do futebol brasileiro

Técnico do Bahia comenta possível paralisação do futebol brasileiro

Ministério Público vai recomendar à CBF que suspenda os jogos de futebol

Técnico do Bahia comenta possível paralisação do futebol brasileiro
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Em carta assinada em conjunto pelos presidentes das comissões estaduais que tratam da segurança no estádios, o Ministério Público recomendará à CBF a suspensão de todas as partidas de futebol no Brasil em virtude do aumento nos casos de coronavírus. O Brasil registrou nesta quinta 1.786 mortes em 24 horas. Com isso, o país já contabilizou 10.796.506 casos e 261.188 óbitos por Covid-19 durante a pandemia. Em entrevista nesta quinta-feira, o técnico Dado Cavalcanti, do Bahia, falou sobre a possibilidade e disse que desconhece essa movimentação paralisação do futebol nesse momento.

 

“É um tema polêmico, que tem várias ações envolvidas. Desconheço qualquer tipo de movimento que existe para ter algum tipo de paralisação. Se existe, eu não estou participando efetivamente deste movimento. Por isso desconheço. Existe, sim, o receio de todos os lados. A gente sabe que nós somos expostos a hotéis, aeroportos, convívio com pessoas… E a gente sempre tem um pouquinho mais de medo da quantidade de pessoas próximas que estão sendo contaminadas. Todo mundo aqui já deve ter perdido alguma pessoa próxima por conta desse vírus miserável. Mas a paralisação também acarreta outras dificuldades. Colegas que não são tão privilegiados como eu, Lisca, outros que estão em grandes clubes do Brasil.”

Dado diz entender o desabafo do treinador Lisca, mas também se preocupa com as pessoas que estão passando por dificuldades e precisam do salário para levar o alimento para casa.

“Uma paralisação talvez nos traga a certeza e a convicção de o clube honrar com seus compromissos financeiros. Mas tem muita gente aí que, se o futebol parar, não vai conseguir receber os seus salários. A grande maioria dos profissionais do futebol trabalham quatro meses por ano. Isso é uma realidade que precisa ser levada em consideração. Eu não tenho opinião formada. Entendo tudo que o Lisca falou e convivo com isso. Mas eu entendo também muito colegas que estão “na cascuda”, passando por muitas dificuldades para levar o alimento para casa, receber seu salário suado. E sabe-se também que, se competições param por aí, muito provavelmente esses profissionais não vão ter como levar um alimento para os seus familiares. É necessário ter muita lucidez para tomar as decisões necessárias para que a gente consiga ter o menor risco possível na profissão, com um pouco mais de garantias para todos que são envolvidos neste processo.”

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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