Enquanto atravessamos um momento de enorme dificuldade, com milhares de vítimas por dia em razão da pandemia do coronavírus, muitas pessoas não estão nem aí e insistem em desobedecer, até mesmo aqueles que deveriam dar exemplo por serem tratados como “ídolos”. Se no sábado, a Polícia Militar de Santo Antônio de Jesus encerrou um “baba” do ex-jogador Vampeta, com mais de 100 pessoas, na cidade de Muniz Ferreira, interior da Bahia, na madrugada deste domingo, a Polícia Civil de SP fechou um cassino clandestino em Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, com a presença de mais de 200 pessoas, entre elas, o atacante Gabigol, do Flamengo, que deve se reapresentar com o elenco principal nesta segunda-feira.
Segundo informação da TV Globo, Gabigol se escondeu debaixo de uma mesa. Além do atacante, foi flagrado também no local o cantor MC Gui. Segundo informações da GloboNews, todas as pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no Centro de SP. Elas assinaram termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar esclarecimentos à polícia depois, e foram liberadas.
Eduardo Brotero, delegado de polícia e supervisor do GARRA (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos)/DEIC, explicou o ocorrido. “Tivemos a informação através de uma força-tarefa montada pelo governo do estado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Corpo de Bombeiros, vigilância sanitária e outros órgãos como a Guarda Civil Metropolitana de que no lugar haveria uma festa clandestina com aglomeração, que é o que combatemos. Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente.”
“Foram conduzidos ,na verdade qualificados, por conta da pandemia já para prestar esclarecimento aqui na delegacia, e os funcionários e o responsável pelo local também devem responder por crime contra a saúde pública, jogo de azar e contravenção. Os demais serão ouvidos posteriormente porque senão a gente causaria outra aglomeração aqui”, explicou Brotero.