Diante do agravamento da pandemia do coronavírus, com o Brasil batendo pelo 24º dia seguido o recorde na média móvel de mortes pela covid-19 (2.298 óbitos) e ultrapassando os 12 milhões de infectados pelo coronavírus, voltou a tona a discusão sobre a paralisação ou não do futebol. No Estado de São Paulo, o Campeonato Estadual foi paralisado e os clubes podem ter que atuar em outros estados. Porém, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, defende a continuidade do futebol.
Em reunião com mandatários dos clubes das Séries A e B em 10 de março, Caboclo afirmou que iria bancar a sequência dos campeonatos, disse que a Rede Globo, detentora de direitos de transmissão, e seus patrocinadores também são contra a paralisação e frisou os enormes prejuízos que os clubes teriam se houver uma nova paralisação. A informação foi divulgada pelo portal UOL e “O Dia”.
“Eu não abrirei mão […]. Nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer, eu tenho a segurança que não. Ninguém quer. Seus patrocinadores não querem. E se parar, sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca. Num dia que o governador do Maurício, que um ministro disser que pode, no dia que o prefeito de São Nunca disser que pode. Eu não vou estar à mercê de nenhum deles. Eu vou, Landim, Galiotte, todos os presidentes, eu vou mudar o futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição. Porque vocês estão fodidos se não tiver (competição). Eu assumo o ônus de todos vocês”, disse Caboclo, que complementou:
No fim da reunião, o mandatário da CBF ainda questionou se algum dos representantes dos clubes desejava a paralisação do futebol, mas o silêncio predominou. “Acho que já foi ouvido que todos querem a continuidade”, declarou. “Algum presidente aqui presente é contra a continuidade? Nenhum”, finalizou Caboclo.