O coronavírus segue matando hoje do mesmo jeito que matava ontem, e a situação se agrava em algumas regiões, notadamente em Manaus onde que há quase 600 pacientes diagnosticados com coronavírus a serem atendidos. Eles esperam a abertura de vagas nos hospitais para poderem receber um tratamento. Segundo o assessor especial do Ministério da saúde caso os quadros dessas pessoas evoluam, elas “vão morrer na rua”.
Ainda assim neste ambiente caótico e triste com as notícias que a crise de Manaus possa se replicar pelo Brasil inteiro, o presidente da República Jair Bolsonaro completamente insensível aos mortos ou a possibilidade de ampliar o quadro pediu que a população “volte a viver” e pediu o retorno das torcidas nas arquibancadas dos estádios de futebol.
“Temos que voltar a viver, pessoal. Sorrir, fazer piada, brincar, voltar aos estádios de futebol o mais cedo possível. Que seja com uma quantidade menor: 20%, 30% da capacidade”, disse o presidente.
Ele reafirmou a opinião, mas acrescentou que a população tem que “cuidar dos mais idosos, de quem tem comorbidade”. Vale lembrar que já temos mais de 220 mil mortos e a média diária de vidas perdidas nos últimos sete dias ultrapassa a casa das 1100 pessoas, claro, considerando apenas os números oficiais.
De acordo com o infectologista Marcus Lacerda, da Fiocruz-AM, a nova cepa do coronavírus, encontrada inicialmente em Manaus, já está em 91% das amostras de vírus sequenciadas no Amazonas e pode ter sabotado a imunidade coletiva de Covid-19 que existia na cidade. Ele afirmou ainda que ela tomar o resto do país. “Provavelmente essa nova variante já está em outras regiões do país, e é questão de tempo ela se tornar dominante. Em cerca de um mês já deve prevalecer sobre outras no monitoramento”, disse.