Bahia agoniza na Série A, mas depende apenas de si para evitar a degola

Derrotas de Sport, Vasco e Fortaleza abrem brecha para o time deixar o Z4

Desde que começou a presente temporada, aliás, para ser sincero e mais preciso, posso dizer que o desarranjo técnico do Bahia iniciou na reta final do Brasileirão de 2019 quando o time foi muito bem em campo até à 26ª rodada, entretanto, a partir do jogo contra o Ceará, válido em pela 27ª rodada, vencia o jogo por 1×0 até os minutos finais no estádio de Pituaçu, mas, acabou levando uma virada, perdendo  o jogo por 2×1 e a partir daí, o time deu sequência à uma série de tropeços, passando vários jogos sem vencer em e só não foi rebaixado em função da “gordura” que conseguiu estocar nos jogos anteriores, além de dar início à “freguesia” com o time cearense que desde aquela oportunidade, não perde para o Bahia, inclusive, com direito à volta olímpica no outrora Pituaço, como aconteceu no título da Copa do Nordeste conquistado pelo Vozão.

 

O fato foi que, mesmo com a inexplicável queda na reta final da competição, a diretoria do clube deve ter avaliado como uma situação normal, bancando nos seus respectivos cargos, os senhores Roger Machado e Diego Cerri, os quais, na minha opinião e no entendimento de considerável parcela da nação tricolor, deveriam ter sido demitidos para que, a diretoria investigasse os erros cometidos e começasse uma reestruturação no departamento de futebol do clube, mas, o presidente Guilherme Bellintani deixava transparecer que estava satisfeito com o aproveitamento do time em 2019 (Bicampeão Baiano), tinha no seu pensamento Roger como um grande treinador e Diego Certo como o melhor diretor de futebol do futebol brasileiro, além de possuir um bom elenco para disputar à temporada subsequente.

Pois bem, com o “trem, devidamente nos trilhos” (leia-se, o time do Bahia) e, com o diretor de futebol, aparentemente, tendo poderes absolutos e irrestritos para fazer contratações e contratou! Mas, contratou jogadores que até, tinham mostrado serviço nos clubes por onde jogaram, mas, no Bahia até agora, não corresponderam e não corresponderão  às expectativas de quem os contratou e, para piorar a situação, tínhamos um bom lateral-esquerdo que era o Moisés (que era muito contestado pela torcida e hoje é titular no Inter), e a diretoria foi na onda do torcedor que embirrou com o atleta e acabou fazendo um péssimo negócio trocando por empréstimo, o bom lateral que tínhamos pelo medíocre Zeca do Internacional, enfim, além das pífias contratações feitas, ainda trocou trigo por joio.

E o primeiro vexame do ano, aconteceu no dia 05/02/2020 em Teresina/PI, quando o Bahia perdeu de 1×0 para o horrível River local, sendo eliminado no jogo de estreia da Copa do Brasil iniciando, oficialmente, o fracasso da temporada, com o presidente Guilherme Bellintani, que já tinha avaliado como “normal” a brusca queda de produção do time no final da temporada anterior, continuou acreditando no trabalho de Roger e do seu diretor de futebol Diego Cerri, mantendo-os no clube e os desarranjos do time na temporada deram sequência, com o time conquistando o Campeonato Baiano à duras penas, dando vexame nas finais da Copa do Nordeste contra o Ceará e, mesmo diante das fortes críticas da imprensa e de torcedores, quando o presidente resolveu demitir o Roger após a derrota para o Flamengo, Inês já estava quase morta. Resolveu contratar o Mano Menezes que, apesar do respeitável currículo que possui, seus erros venceram, de goleada, seus acertos.

Coincidentemente, o Mano Menezes foi demitido, também, após uma derrota para o Flamengo, um jogo tumultuado e catimbado pelos jogadores do Flamengo que com um jogador a menos e vencendo o jogo por 2 x 0, não admitiam a virada do Bahia e provocaram todo tipo de tumulto para desestabilizar o time tricolor, culminando com a farsa do Gerson que acusou o Ramirez de ter praticado um ato de injúria racial que até hoje não foi provado, e nem será, mas, o presidente Guilherme Bellintani foi o primeiro a prestar solidariedade ao jogador do Flamengo, deixando seu jogador entregue às férias.

Como há um ditado no interior que diz que: “quem está perdido, todo mato é caminho” o presidente resolveu apostar numa solução caseira que é o Dado Cavalcanti que comandará o time até o final da competição, quando o Bahia ainda tem nove jogos pela frente, que equivalem a um estoque de 27 pontos. Como  a parte baixa da tábua de classificação está muito embolada e ainda terá alguns confrontos, creio que a linha de corte do rebaixamento se limitará aos 40 pontos e baseado nesse número é que imagino que para o Bahia se livrar da degola, basta vencer três jogos e empatar dois, que chegará a esse número, porque a maior bobeira do Bahia foi ter perdido seis  preciosos pontos dentro de casa, para Atlético/GO e Sport do Recife, clubes que entraram na competição com o único objetivo de não cair.

Para finalizar, só resta agora, esquecer do leite que foi derramado, torcer que Dado Cavalcanti mude a postura derrotista desse time, que o torcedor, mesmo estando impossibilitado de frequentar o estádio, procure apoiar de alguma forma, o time, como também, o apoio de parte da imprensa, porque boa parte está ávida para curtir um rebaixamento do Bahia, até porque, tem muito satanás pregando quaresma por aí. O Bahia ainda agoniza, não vence há oito jogos no Brasileirão, com sete derrotas seguidas e um empate na rodada passada, mas a 30ª rodada começou perfeita, com derrotas de Sport, Vasco e Fortaleza. Portanto, o Bahia só depende de si para evitar a degola e resta agora fazer sua parte, começando por um triunfo diante do Athletico-PR na próxima quarta-feira, sem esquecer que ainda terá os confrontos diretos contra Sport, Vasco e Fortaleza.

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do futebol Bahiano.

 

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor do Esporte Clube Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

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