Vampeta minimiza denúncia de Gerson: "Estava muito esquentadinho"

Vampeta minimiza denúncia de Gerson: “Estava muito esquentadinho”

"Eu estava vendo o jogo e o Gerson estava muito esquentadinho", disse

Vampeta minimiza denúncia de Gerson: “Estava muito esquentadinho”

Nesta segunda-feira, o ex-volante Vampeta participou do programa “Mesa Redonda”, da TV Gazeta, e o principal assunto debatido naturalmente foi a acusação de racismo do volante Gerson, do Flamengo, contra o meia Juan Pablo Ramírez, do Bahia. O ex-jogador, baiano de Nazaré das Farinhas e pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira, minimizou o ocorrido e afirmou que o jogador do Flamengo “estava muito esquentadinho com tudo” e disse que não viu caso para tanto.

 

“Este final de semana eu estava em Sorocaba em um evento com o Amaral [também ex-jogador], a gente estava no mesmo carro e ele falava: ‘Vampeta, está muito chato este negócio na bola de qualquer coisinha [ser racismo]… pô, a gente se chama de negão, chama de macaco…’. Eu estava vendo o jogo e o Gerson estava muito esquentadinho com tudo. Joga muito, merece uma oportunidade na seleção, mas eu não vi [o caso] para tanta… de negro, não sei o que… no calor do jogo…”, disse Vampeta.

Com opiniões contrárias, o apresentador Flávio Prado e o convidado Benjamin Back tentaram convencer o ex-volante citando a reação do flamenguista diante do fato. “A ofensa é uma coisa que você recebe cada um de jeito, é uma coisa muito pessoal. Uma vez falei com uma amiga negra sobre isso e ela falou: ‘cara, você só sabe o que dói se você sentir'”, disse o apresentador.

“É diferente quando você tem uma liberdade com a pessoa. Eu sou judeu, e quando amigos brincam com alguma coisa é lógico que você não vai melindrar. Você falar negão para o amigo, [ele] sabe que não tem nada. Agora você virar para um cara no meio do jogo e falar: ‘ô, seu macaco’. Tá maluco, cara?”, disse Back.

Na sequência, Vampeta tentou justificar sua posição ao falar sobre suas experiências no campo. “Eu não estou defendendo essas coisas não, pelo amor de Deus. Mas no futebol, por exemplo, eu jogo na Vila Maria. Lá tem de tudo, coreano, boliviano… ‘Toca a bola, Bolívia’. ‘Ô alemão, toca a bola’. ‘Ô, chinês, e aí?’. Então se todo mundo for para a televisão…”, prosseguiu Vampeta.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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