Nesta quinta-feira (10), a Corte de Apelação de Milão confirmou a condenação em segunda instância do atacante Robinho e de seu amigo Ricardo Falco pelo crime de violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa, em 2013. A pena é de 9 anos de prisão. No entanto, os advogados vão recorrer à Corte de Cassação, tribunal no sistema judiciário do país. Só após o processo tramitar nessa terceira instância um acusado pode ser considerado culpado por algum crime. A decisão da Corte de Apelação sairá em 90 dias.
O recurso apresentado pelos advogados do jogador e de Falco foi rejeitado pela Corte de Apelação, que pode pedir o cumprimento de medidas preventivas (prisão ou prisão domiciliar) para determinados tipos de delitos quando confirma uma sentença da primeira instância. Com a condenação de Robinho na segunda instância, o tribunal pode solicitar a sua detenção antes do julgamento definitivo, na Corte de Cassação. Porém, como o jogador reside no Brasil e o país não extradita seus cidadãos, o judiciário italiano teria de emitir um mandado internacional de prisão para ser encaminhado ao Estado brasileiro.
O jogador e seu amigo são acusados e condenados em duas instâncias por abusar sexualmente de uma mulher albanesa na boate Sio Café, em Milão, em janeiro de 2013. À época Robinho era um dos principais jogadores do Milan. A condenação dos dois foi baseada no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala da participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual, forçando a vítima a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”. A defesa de Robinho, porém, alegou no julgamento que houve consenso da mulher no ato sexual.