No seu primeiro jogo comandando a equipe principal, o técnico Dado Cavalcanti acabou vendo o Esporte Clube Bahia amargar a sexta derrota seguida no Campeonato Brasileiro da Série A ao perder por 2 a 1 pelo Internacional, na Arena Fonte Nova, na tarde deste domingo, no último jogo de 2020. Com 48 gols sofridos, o Esquadrão tem a pior defesa do Brasileirão. Diante do enorme problema defensivo, Dado admite que é preciso buscar soluções para corrigir os erros e tentar dar consistência a defesa.
“Para o jogo de hoje, eu estava bem limitado em relação a escolhas. A equipe inteira, não foi só atrás, para a equipe inteira. Então teremos um intervalo de dias importante para os próximos dois jogos. Acho isso importante para fazer ajustes, correções, testar, quem sabe, formações diferentes. Mas não podemos também nos desesperar e sair trocando todas as peças possíveis, porque não necessariamente a troca de peças vai trazer o efeito esperado. Mas eu vou sempre julgar, avaliar bem cada momento específico, cada jogo, cada resposta. E buscar as soluções para que a nossa equipe tenha um sistema defensivo mais consistente como um todo”, explicou Dado.
“Nós vamos tentar buscar os ajustes necessários. Eu tenho falado que o sistema defensivo é um todo, não dá para culpar um ou outro atleta. A equipe como um todo… Quando perde, perde todo mundo. Quando toma um gol, toma todo mundo. Hoje, exclusivamente, lamentei um pouco o início nosso do segundo tempo, que nós voltamos um pouco sonolentos demais e sofremos uma pressão desnecessária de um adversário que estávamos jogando de igual para igual. Neste deslize, acabou acontecendo o segundo gol muito rápido. Isso prejudicou demais o andamento de todo o jogo. Mas vamos buscar as explicações e, mais importante, buscar as soluções para os problemas”, afirmou.
Questionado se o Bahia não foi apático no jogo, Dado não concordou. “Discordo quando se fala de apatia, porque nosso início de jogo foi bom. Se lembrarmos que tivemos a bola do jogo no início… Tivemos duas boas bolas antes de tomarmos o gol no final do primeiro tempo. As melhores chances, as mais claras, foi o Bahia quem teve. Roubamos mais bolas à frente. Era uma das minhas iniciativas em relação às modificações que foram feitas, fazer com que a gente recuperasse um pouco mais as bolas na frente, como aconteceu com Gregore, Gilberto, Ramírez. Escapamos em velocidade para o ataque, mas, infelizmente, não fomos tão cirúrgicos na finalização, que poderia trazer um desenho totalmente diferente. Em relação às trocas, uso da base, já deixei claro que pretendo, sim, utilizar alguns jogadores da base, esperando a definição da Copa do Brasil Sub-20. Quem sabe, no próximo jogo, já tenhamos alguns atletas junto com o elenco.”, disse.