Agora é o momento do torcedor torcer DOBRADO pelo Bahia!

"gritar BAHIA nos bons momentos é fácil e simples..."

Torcer por um clube de futebol, inicialmente, parece algo simples. Se identifica com um deles, por mera opção, em alguns casos induzido por pai, tio, amigo, abraça a ideia e, com o passar do tempo, vai aumentando a afinidade, é quase como uma espécie de evangelização e logo-logo  estará seguro de si e na própria fé no escolhido, e o cara bate no peito e diz: “É Bahia Porra”, e aí, já foi.

 

E segue assim até morrer, porém, até lá, o caminho é longo e cheio de alegrias e percalços, que podem fazer a intensidade da torcida aumentar ou até mesmo reduzir de tamanho, ainda que na maioria dos casos, de modo momentâneo e, nesse momento, entra em campo o jeito e perfil do sujeito, a forma de ver a vida, a sua perseverança diante dos fatos, o seu grau de tolerância, o tamanho da largura das suas costas para suportar as pancadas, sem que sua fé seja abalada de forma importante, notadamente não produzindo o distanciamento do clube em caráter definitivo, aliás, poucos casos acontecem no Bahia, no nosso querido coirmão, creio que existam alguns registros da desistência total e absoluta.

Por outro lado, existem os grandes momentos de alegria que, geralmente, se tornam inesquecíveis e, no nosso caso, existem além de uma centena que não é preciso lembrar, aí a fé a é robustecida e maximizada ao ponto de atrair novos torcedores, agora os iniciantes embevecidos pelas alegrias que vêm por todos os cantos. Nestes casos, os brios são polidos, mas não estão inflamados, apenas orgulhosos.

Mas tem as derrotas, muitas derrotas dentro de campo, derrotas quem vêm através de más administrações, que traz o descontentamento entre nós mesmos, com aquele bate-boca cada qual cheio de razão, porém, seja lá quem venha a prevalecer, continuamos sempre leais e fiéis ao clube, sem aumentar ou reduzir na intensidade, isto pelos menos na média do torcedor tricolor. Outra vez os brios estão aflorados em pleno apogeu, mas não estão inflamados.

No entanto, existe outro perfil do qual me incluo, que cresce na paixão justamente na adversidade, e que tem como o princípio ativo, os brios absurdamente inflamados, aumentando de intensidade de ser um genuíno tricolor e geralmente acontecem nos fatos graves, como queda de divisão, por exemplo, pois entendemos que é aí que o clube mais precisa do torcedor, lógico, que tal generosidade não implica dizer que somos subservientes. Não, não é isso, de jeito algum, e sim que somos solidários e estamos prontos agora, não para elevar as duas mãos para o alto para comemorar um gol, e sim para oferecer para baixo os dois braços para levantar o time, outros debandam, mas passada a raiva aplicam a borracha e o Bahia está novo de novo.

Outro momento crucial para acender a chama tricolor que atiça e faz buscar resgatar a autoestima e com maior intensidade, é quando acontecem as agressões baratas, vindas de forasteiros oportunistas, que não sabemos o caráter que tem, apenas que descaradamente surrupiaram as pretensas e justas causas sociais, como o racismo para atacar o clube de forma irresponsável e perversa com ajuda de uma mídia e redatores torcedores sem compromissos com a verdade, como aconteceu com os jogadores do Flamengo no último jogo, na injusta derrota por 4 x 3.

Engraçado, logo eles, que tem ex-presidente e outros sete dirigentes, respondendo por 10 homicídios culposos e três crimes de lesões corporais culposas, ainda no caso no incêndio e que a direção atual luta na justiça para não pagar, ou pagar quantias irrisórias como indenizações às famílias dos mortos por negligência do clube.

Portanto, gritar BAHIA nos bons momentos é fácil e simples, no entanto, são esses episódios de pura agressão que, de forma sorrateira, também envolvem e contém preconceitos que sabemos que são históricos, e eu particularmente sempre chato e crítico, esqueço tudo e passo a ser BAHIA DOBRADO, para defender a mim próprio, pois como torcedor me sido agredido, e, sobretudo para expressar meu apoio ao clube exatamente enquanto ele recebe pedrada de longe, além disso, pela necessidade de alcançar o limite de pontos para renovar o alvará de time da Série A para o exercício 2021.

Os erros, ora, esses deixamos para depois em um acerto de conta entre nós, agora o problema é apenas com eles e contra eles vamos todos nós de forma indistinta e sem ressentimentos com a má campanha do Bahia até aqui.

 

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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