O Bahia de Mano começa a mostrar sua cara. Um time compacto, num 4-4-2, e alternando no balanço defensivo pra um 5-3-2. Com Eric Ramires voltando bem demais e qualificando a saída de bola. Mas a pior zaga do campeonato, voltou a falhar feio e marcar com os olhos. E foi o suficiente para mais uma derrota.
O time fez um bom primeiro, contendo o Athletico (ainda acho esse nome uma presepada) e fazendo uma partida praticamente sem sustos. Defensivamente, quase impecável. Ofensivamente, quase inofensivo.
Aliás, uma partida muito parecida entre as duas equipes. Não houve nenhum lance de perigo na primeira etapa. O lance mais perto de um gol, foi a interceptação de um cruzamento, por Ronaldo, que quase fez contra, mas Douglas salvou.
O mais importante do primeiro tempo foi a substituição de Gilberto, por contusão e a entrada de Saldanha. Talvez o DM resolva a questão que nem Mano teve coragem de resolver.
Como bem citou a Tricolor Ana Raposo, “o time está mais organizado, mais do que nunca prova que liderança, nova experiência e altivez, fazem diferença”. E isso, realmente, deixava a gente empolgado no fim do primeiro ato.
Segundo tempo e o Bahia volta com a inacreditável alteração de Clayson no lugar de Elber. Elber sentiu a coxa, ok. Mas porque Clayson? Velho, entendo que é jogador do Bahia, que custou caro, 4 milhões, que não pode virar um come e dorme… mas bicho, já deu! Empresta ele pro Cruzeiro, pro CSA, pro CRB, pra PQP. Como diz a máxima do Mestre Evaristo: jogador ruim tem de mandar embora. Senão você acaba tendo de colocar pra jogar.
Ele entrou, deu um chute pra fora, cobrou todas as faltas erradas, errando passes, cruzamentos…
O Bahia ficou ainda mais inofensivo. Os donos da casa cresceram e chegaram ao gol, numa das poucas falhas do setor defensivo. Abner faz um cruzamento perfeito, Juninho ficou marcando a bola com o olho e deixou o cara cabecear sozinho, nas costas dele, da entrada da área. 0x1.
Aí veio o grande lance do Bahia. Rossi consegue tirar o goleiro da jogada e tomou uma rasteira. O juiz não deu, normal. Mas quando a bola saiu o VAR chamou pra conversar. Pênalti para o Bahia. Aí na imagem da tv, eu vi a camisa do 99 de Saldanha. Me animei. Meu pai me liga na hora e diz: “não, quem vai bater é Clayson”. Sabe a sensação de que o sangue deixou o seu corpo? Então! A mizéra vai pra cobrança e perde.
A única chance de gol do Bahia, nos 45 minutos em que essa criatura esteve em campo, ele perde, e como lembrou bem o Torcedor André Pereira “O tal do Clayson foi tão ingênuo que bateu o pênalti no mesmo canto que bateu contra o Inter. E Lomba quase pega”. Mas criticar Clayson, pra mim, já virou pleonasmo.
Final de jogo, e o time foi pra cima, tentou o empate, Clayson cobra uma falta ridícula e deu contra-ataque. Será que não tem um homem, nessa porra de time, pra dizer: não, man. Na moralç, você já deu. Deixa que eu bato!
Fim de papo, Bahia na vice-lanterna (há quantos anos não vemos isso?), o time melhora mais ainda não convence e não vence.
De 1 a 11
Douglas é um gigante! Edson jogou bem, improvisado, mas faltou alguém pra dobrar mais com ele. Juninho falhou feio no gol. Ernando fez uma boa partida e quase chega pra fazer um gol. E gostei de Capixaba. Ronaldo foi bem, mas quase faz contra. Gregore é Gregore. Ramirez voltou muito bem (queimou minha língua). Rodriguinho não achou espaço na marcação dos paranaenses. Elber tava bem, mas saiu e seu substituto definiu o jogo. Rossi entrou, lutou e sofreu pênalti. Gilberto tava lutando, mas a fase é infernal, se machuca e Saldanha deve ganhar a titularidade. Marco Antonio não pode ficar de fora pra ver o 25 entrar em campo. Ramon não teve tempo de mostrar nada.
Bora Baêa Minha Porra!
A coisa tá feia. Melhorou, mas já passou da hora de reagir! Essa zona não nos pertence mais…