Dizer o quê, caro Roger Machado? Estamos no meio de uma mata-mata contra o vírus? Que por isso os atletas não estão bem condicionados, não tiveram condições sanitárias para treinarem? Mas só nós sofremos em razão disso? Que apesar dos jogos serem no estado, a torcida faz falta? O time adversário também sente a falta dos seus. Que Gilberto, Rossi, Douglas, estão fazendo falta? Porém não temos substitutos à altura? Se temos atualmente, cinco opções de substituições, por que só as utilizamos para ganhar preciosos minutos do jogo? Será que em um primeiro tempo de jogo, já não dá para saber quais as deficiências do time, qual o ponto forte e vulnerável do oponente? Será que só nós identificamos que alguns jogadores não estão rendendo o suficiente? Qual jogo, realmente você está vendo no decorrer do jogo. Será que todos os milhares de torcedores e cronistas, veem outro jogo que o senhor não ver?
O porquê dessa manutenção hierárquica constituída momentaneamente, de jogadores, que momentaneamente, não estão correspondendo, contudo escolhestes como os seus atuais titulares e reservas. Será que os jovens da base, do time de transição, não têm nenhum capazes, de fazer melhor em campo que os teus hierarquizados. Hierarquia e o mesmo que democracia? Pode ser para o senhor, para mim soa como reserva de mercado, soa como autoritarismo, coisa que não esperava do Mister.
Deve jogar quem está bem, seja quem for? Se alguém não ficar contente, procure outro clube e seja feliz por lá. Roger Machado, confesso que escrevo este desabafo, constrangido, o senhor é um ser humano diferenciado, sua postura como profissional e sobretudo como cidadão é escorreita, é digna de respeito e admiração. Mas não posso deixar de comentar da minha decepção no desempenho com o time em campo, e não é de hoje.
Quando precisamos fazer o resultado em partidas pontuais que poderia nos fazer avançar na Copa do Brasil, do ano passado, fomos covardes. Jogando em casa com toda torcida ao nosso lado, fomos derrotados, quando vislumbramos a classificação para Libertadores, o time amarelou de vez, se não fosse os portos do primeiro turno, teríamos indo para Série B.
No início do ano fomos desclassificados precocemente por um time inexpressivo no cenário nacional, e agora estamos na iminência de mais um vexame, com todo respeito ao time do Ceará, porém cotejando elenco por elenco o do Bahia é menos sofrível. Sou Mais Bahia, não quero acreditar, contudo, parece-me até uma incoerência, quanto mais o técnico é teórico, conhece de cabo a rabo o métier Entre Linhas Altas, mas na prática não vemos o mesmo se confirmar em campo.
Mas quem sou eu, mister Roger Machado, para querer sugerir ou dizer alguma coisa que já não foi dita, por centenas de cronistas que sabem bem melhor que eu, que tem algo errado em campo. Escanteios ao nosso favor é uma jogada inócua, contra nós é um Deus nos acuda. Faltas perto da área adversária, nossas cobranças são inofensivas. Jogadas ensaiadas está fora da realidade em campo.
Se treinam não vejo executar o que treinam, é o elenco que está desmotivado, estão com salários atrasados, a concentração é meia boca, a alimentação é de má qualidade, o ar condicionado não funciona, os campos de treinamento estão impraticáveis, o clima da Bahia é de difícil adaptação? O senhor fala português, eles falam português???
Eles nem o senhor, caro Roger Machado, conhecem a grandeza do Bahia, não quero saber se já jogaram no Corinthians, no Flamengo ou na Cochinchina, eu quero saber se vocês sabem o que é ser técnico do Bahia e jogar no Bahia. O senhor só treinou times de excelência, nenhum técnico do Bahia, nos últimos 20 anos teve o elenco que o senhor tem em mãos, atualmente.
Faça acontecer, diga para que veio, ganhar; empatar ou perder; dileto Roger, faz parte de qualquer partida de futebol, agora perder; empatar ou ganhar, sem raça; sem determinação; sem atitude; sem sangue no olho ou na testa; ou no pé; sem garra; sem emoção; sem vibração; sem objetivo; sem meta; sem recompensar todo o carinho, todo amor que temos pelo Bahia; é típico de elenco sem vergonha na cara; sem profissionalismo; sem condições de vestir a camisa que ora vestem.
É claro que há as exceções, contudo a regra é de sem vergonhas! Não nos façam passar mais vergonha, senão vós sois mesmo um elenco de sem vergonha!!!!
Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.