Em reunião na última quinta-feira, a CBF projetou o início do Campeonato Baiano (Séries A e B) para os dias 8 e 9 de agosto. Outra novidade da reunião foi que dezenove dos vinte clubes da Série A se dispuseram a jogar fora das suas cidades, em última instância, caso até lá seus municípios não estejam liberados pelas autoridades de saúde a realizar jogos. O Athletico-PR foi o único clube a não aceitar a medida. O presidente Mario Celso Petraglia, explicou os motivos, alegando que as perdas, dentro e fora de campo, serão enormes, uma vez que o clube é que será responsável para buscar um lugar para treinar e jogar.
“A CBF pôs em votação com 80% das cidades estando liberadas. As que, por ventura, estiverem impedidas para treinamentos e jogos, o problema será do clube, que encontre uma outra cidade para treinar e jogar. Não podemos aceitar que o Athletico, como proposto pela CBF, vá treinar e jogar fora da sua cidade e estádio. O prejuízo técnico, performance e financeiro seria muito grande. Como temos as principais capitais liberadas, ou prestes a serem liberadas, caso de São Paulo, no nosso entendimento é totalmente injusto o início do campeonato com essa determinação” disse Petraglia, em entrevista à Tribuna do Paraná/Gazeta do Povo.
De qualquer forma, a decisão não tem que ser unânime. No entanto, é preciso a adesão de pelo menos 16 times (80% dos participantes). Se este número for menor, o Brasileirão pode ser adiado e não começar no início de agosto. Ou seja, se na prática a maioria dos clubes aceitarem a ideia de mandar jogos fora de seus estádios, os que forem contra terão que acatar e ficam dependentes das determinações das prefeituras.
“Simplesmente o STF definiu que os prefeitos são os responsáveis por suas cidades. A ciência ainda estuda o caso do Covid-19 e, com isso, não há uma posição igual pela pandemia ser diferente em cada cidade”, acrescentou Petraglia.
O Athletico também vetou uma mudança na distribuição da premiação do Brasileirão 2020, que incluiria os times rebaixados na temporada no rateio do dinheiro – a receita representa 30% do bolo total do campeonato. A informação foi publicada pelo jornalista Rodrigo Mattos, do UOL. A proposta inicial de alteração partiu da Globo, após conversas com alguns clubes. O dinheiro da premiação é pago integralmente pela emissora e faz parte do contrato de transmissão do campeonato.