A Confederação Brasileira de Futebol definiu na última quinta-feira a data para início do Campeonato Brasileiro (Séries A e B), projetado para 8 e 9 de agosto. No entanto, a decisão não agradou a todos os clubes, ao contrário, de acordo com informação do jornalista Paulo Vinícius Coelho, o maior bloco de clubes das Séries A e B julga que o Brasileiro deve começar uma semana depois da data proposta pela CBF. Em vez do início no dia 9 de agosto, atrasar para dia 15 de agosto, baseado na previsão do reinício dos estaduais no dia 25 de julho. Serão seis datas para definição dos campeões. Neste caso, os estaduais de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Ceará e Goiás terminariam no dia 12 de agosto.
O Rio de Janeiro e, talvez, Pernambuco, sejam concluídos antes. “Acho que é uma questão de bom senso. Uma semana a mais não vai alterar nada, porque o calendário já vai avançar até 2021”, diz o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan.
Ainda segundo PVC, “o bloco de clubes da Série A, à exceção de Vasco, Flamengo e poucos outros clubes, é de que jogar no dia 9 punirá quem obedeceu às secretarias de saúde e a todos os protocolos. A CBF pensa que a data limite para disputar todos os torneios com o número de datas inicialmente proposto é 9 de agosto. Mas este argumento é contraposto por dirigentes de Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Grêmio, Internacional, por exemplo. Se o Brasileiro não terminará em dezembro, por que razão não pode terminar na segunda semana de fevereiro, em vez da primeira?”
Na quinta-feira, segundo a CBF, os clubes pediram uma indicação de data e o presidente Rogério Caboclo cobrou como contrapartida o compromisso de os times aceitarem jogar em outras cidades, se houver 80% de permissão das prefeituras — as proibidas mudariam temporariamente de endereço. No caso de aceitação deste pedido, a CBF definiria uma data. Os clubes aceitaram o compromisso, mas a maioria não concorda com a data de 9 de agosto. Com uma semana a mais, resolvem-se todos os estaduais e prioriza-se a disputa do Brasileiro a partir da segunda quinzena de agosto.