Ao lado do Fluminense, o Botafogo sempre se posicionou contra o retorno do Campeonato Carioca nesse momento de pico do coronavírus no Brasil, inclusive, no sábado divulgou uma nota criticando a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro de liberar a retomada dos jogos de futebol no estado. No entanto, mesmo contra, o Fogão entrou em campo neste domingo (28) após mais de três meses longe dos gramados e venceu a Cabofriense pelo placar de 6 a 2, no Estádio Nilton Santos (Engenhão) pela 4ª rodada da Taça Rio, segundo turno do Carioca, é claro, sem a presença da torcida que ainda não pode frequentar os estádios, porém, o público foi liberado pela Prefeitura do Rio a partir do dia 10 de julho, outra decisão absurda, ainda que limitando a 1/3 da capacidade.
Os gols do Botafogo foram anotados por Pedro Raul (duas vezes), Bruno Nazário, Luis Henrique, Caio Alexandre e o meio-campista Cícero Santos, aquele com passagem no início da carreira pelo Bahia. Emerson Carioca e Diego Sales fizeram para a equipe visitante. Com o resultado, o Fogão chegou aos 7 pontos e subiu para a segunda colocação do Grupo A, com a mesma pontuação do terceiro colocado Boavista e cinco pontos abaixo do líder Flamengo que abriu a volta do futebol carioca na última semana vencendo o Bangu por 3 a 0.
Neste domingo, teremos ainda outros três jogos pelo Campeonato Carioca: Madureira enfrentando o Resende no Conselheiro Galvão, Vasco duelando contra o Macaé em São Januário e de noite o Fluminense recebendo o Volta Redonda no Nilton Santos. O tricolor carioca se recusou a jogar no Maracanã, onde está montado um Hospital da Campanha para o combate ao coronavírus.
Um dia antes de entrar em campo, o clube alvinegro e seus jogadores publicaram uma nota em uma das redes sociais desaprovando as decisões da prefeitura do Rio de Janeiro. Veja abaixo:
“O elenco do Botafogo de Futebol e Regatas vem a público lamentar e demonstrar total desaprovação ao retorno do Campeonato Carioca diante de uma pandemia mundial de grandes proporções e também à punição do TJD ao nosso comandante, Paulo Autuori, por nos representar perante a sociedade.
Somos apaixonados pelo que fazemos, o futebol é a nossa vida, mas entendemos que o momento não é o ideal para colocar novas vidas em risco diante de um cenário em que a contagem de mortos, infelizmente, é diária. No aspecto esportivo, necessitamos de tempo para a preparação e prevenção de lesões, o que se torna inviável com um retorno prematuro.
Somos profissionais e estamos treinando sob os rigorosos cuidados do clube, que desde sempre priorizou a nossa saúde e de seus colaboradores. Sabemos que não estamos sozinhos nessa luta e que “honrar as cores do Brasil de nossa gente” é mais do que uma frase no hino do centenário clube que defendemos.
Seguimos fortes para enfrentarmos os obstáculos que encontraremos pela frente, todos juntos pela vida e pela liberdade de expressão. Vamos a campo representar a Gloriosa instituição, mas sob protesto.”