“Futebol, em tese, não é algo essencial”, diz técnico Rogério Ceni

Treinador do Fortaleza pediu cautela para o momento

Apesar dos avanços da crise do coronavírus, que continua matando sem distinção, em todas as regiões do Brasil e só na Bahia cerca de 1.500 pessoas. enquanto no Brasil já superou a casa dos 50 mil considerando os números oficiais, segue dilema, debate e muita pressão que a bola volte a rolar de qualquer jeito. A Copa do Nordeste por exemplo, é o tema do momento. A CBF admite a conclusão em sede única, no entanto, ainda depende do aval do governo da sede escolhida que pode ser Bahia, Ceará ou Pernambuco. O Ceará em tese leva certa vantagem já que o estado se para liberar os jogos em julho, existindo até a possibilidade de ser no início do mês, enquanto as demais capitais não tem protocolo firmado para este segmento.

 

No entanto, em entrevista para a TV do Fortaleza divulgada nesta quinta-feira, 25, o técnico Rogério Ceni pediu cautela para o momento, enfatizando que a vida das pessoas é a preocupação primária, reforçando que “o futebol, em tese, não é algo essencial”.

“É muito difícil falar sobre isso (volta do futebol), porque nos preocupamos primeiramente com a vida do ser humano, e o futebol, em tese, não é algo essencial, é algo secundário, entretenimento. Entendo que é muito importante para o restante da população ficar em casa, assistir ao futebol, ajuda a gerar sentimentos, mas em contrapartida não sei se todos os clubes estão prontos para a volta neste momento”, avaliou o comandante tricolor.

Rogério Ceni acredita que precisa ter calma na decisão de retomada, principalmente quanto aos torneios nacionais. O treinador do Leão ainda revelou na entrevista que é até difícil motivar os jogadores nessa situação, uma vez que estão treinando, mas não tem como dizer quando vão jogar.

“Tem que se pensar (na volta) bem, com calma, ver a saúde de cada estado antes de iniciar o campeonato. Os jogadores estão com muita vontade de voltar a jogar, e estão fazendo treinamentos físico, técnico, havendo distanciamento mínimo. Até o fato de não ter uma data já prevista é difícil para motivar um atleta, porque não se consegue dizer ‘daqui 30, 40 dias começa’, mas é completamente compreensível diante do que o Brasil e o mundo vêm passando”, declarou.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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