Bahia divulga nota de pesar pelo falecimento de João Carlos Teixeira Gomes

Bahia divulga nota de pesar pelo falecimento de João Carlos Teixeira Gomes

João Carlos era filho do primeiro goleiro da história tricolor

Bahia divulga nota de pesar pelo falecimento de João Carlos Teixeira Gomes

Por meio de nota divulgada no seu aplicativo oficial, a diretoria do Esporte Clube Bahia manifestou solidariedade aos familiares e amigos de João Carlos Teixeira Gomes, o Joca, que faleceu no final da noite desta quinta-feira (18), aos 84 anos, em Salvador. Também apelidado de “Pena de Aço”, o jornalista, escritor e poeta era filho do primeiro goleiro da história tricolor, Teixeira Gomes, do time de 1931. Sempre gostava de contar a história que seus pais se conheceram em um jogo do Esquadrão. Além disso, marcou presença no filme Bahêa Minha Vida, de 2011.

 

Joca ainda participou da luta pela democracia no clube e, como última vontade, pediu para ser enterrado com uma bandeira azul, vermelha e branca. O sepultamento acontecerá no final da manhã desta sexta (19) no Cemitério Bosque da Paz – e já providenciamos a homenagem. Internado durante uma semana no Hospital da Bahia, teve falência múltipla de órgaos.

Um dos fundadores do antigo Jornal da Bahia, era membro da Academia Baiana de Letras, onde ocupava a cadeira de número 15, e fez parte do grupo conhecido como Geração Mapa, ao lado do cineasta Glauber Rocha, do pintor Calasans Neto e do também professor e jornalista Florisvaldo Matos, entre outros.

Foi autor de obras como “Gregório de Mattos, o Boca de Brasa” e do polêmico “Memórias das Trevas – Uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães”, sobre o ex-governador do Estado.

Abaixo, um de seus versos, intitulado “Soneto da Morte Sem Susto”:

Minha única certeza é minha morte.

Virá festiva, com pendões vermelhos,

Provocadora com seu riso forte.

Mas me verá de pé, não de joelhos.

Pode vir de mansinho a forasteira

Ou numa orgia de ossos e fanfarras,

Com dois laços de fita na caveira

E o ágil chocalhar das finas garras.

Eu que os mares amei, e o sol tirânico,

Os flavos grauçás de dorso enxuto,

As moças de maiô e o vento atlântico,

Sereno hei de esperá-la em meu reduto.

E assim ao ver-me, sem sinal de pânico,

A própria morte se porá de luto.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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