Ex-lateral do Bahia se posiciona contra a volta dos treinos em maio

“A gente tem que esperar um pouco mais", disse o lateral Tinga

Foto: Luan Erick/Fortaleza EC

Com passagem apagada pelo Esporte Clube Bahia em 2016 e defendendo o Fortaleza desde 2018, o lateral-direito Tinga concedeu entrevista durante a semana ao portal “Futebol do Povo” e se posicionou contra o retorno dos treinos ainda no mês de maio. O jogador considera arriscado a volta das atividades no futebol cearense, além disso, frisou que não adianta recomeçar as atividades e depois parar novamente, por isso é melhor aguardar as autoridades decidirem quando a situação estiver controlada. Tinga citou o Flamengo como exemplo, que pretendia retomar atividades, mas descobriu que funcionários e alguns atletas estavam com coronavírus.

 

“Se fosse para ficar só em um lugar, durante um mês, tudo bem, mas como a gente pega carro e volta pra casa, tem muito risco a levar para nossa família, isso que é o pior, então a gente pensa muito nisso, em passar para outros pessoas […] acho que ainda está um pouco arriscado, ainda mais que a situação de Fortaleza tá pesada, tem muitos casos”, disse Tinga.

“A gente tem que esperar um pouco mais, não tem pressa, sabemos da dificuldade do clube em manter tudo pra nós, está difícil para todo mundo, mas a gente tem que pensar primeiramente na saúde para voltar bem e não precisar retornar cada um para suas casas (depois); é voltar e já seguir os campeonatos, treinos. Quando voltar, voltar pra ficar, não ficar indo e voltando. O que é esperar mais um mês quando já estamos há dois (sem treinar e jogar), claro que financeiramente a gente vai estar perdendo, mas prefiro perder dinheiro que uma vida de um colega”, defende.

Natural de Porto Alegre (RS), Guilherme de Jesus da Silva, mais conhecido como Tinga, tem 26 anos e começou nas divisões de base do Grêmio, onde se profissionalizou, porém, teve poucas oportunidades no time principal. Acabo sendo emprestado a Boa Esporte e Bahia. No Esquadrão, atuou 30 jogos na temporada 2016, mas não vingou. Defendeu o Juventude em 2017 e no ano seguinte retornou ao Fortaleza, clube que também defendeu em 2015. Está desde 2018 no Leão do Pici e vem de duas temporadas de destaque, como titular e fazendo parte do acesso à Série A e do título inédito da Copa do Nordeste. Ao todo, soma 101 jogos e 12 gols marcados.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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