Emprestado pelo Esporte Clube Bahia até o final de 2020, mesmo período que se encerra o seu vínculo com o tricolor baiano, o zagueiro Jackson chegou ao Fortaleza em agosto do ano passado e se firmou como titular da equipe de Rogério Ceni. Atuou em 11 jogos no Campeonato Brasileiro, todos começando jogando, e contribuiu para que o time cearense terminasse a Série A como o melhor colocado da região, com 53 pontos. Esse ano, das 14 partidas disputadas pelo Leão do Pici, o defensor entrou em campo apenas três vezes, duas pelo Cearense e uma pela Sul-Americana. Em entrevista, Jackson afirmou que o Fortaleza demonstrou que é o melhor time do Nordeste.
“Demonstramos que somos o melhor time do Nordeste com números. No ano passado fomos o melhor colocado no Brasileiro entre os times nordestinos. E por que não sonhar com coisas ainda maiores esse ano? Mesmo nesse período difícil que estamos passando por conta da pandemia, posso te afirmar que o elenco está comprometido e fazendo todos os trabalhos possíveis para buscarmos coisas grandes esse ano. Temos uma forma de jogar, e mesmo com esse período de inatividade, sabemos a maneira que o Rogério gosta de trabalhar, e vamos defender esses títulos quando tudo voltar ao normal”.
A paralisação forçada nas atividades por conta do Coronavírus não preocupa Jackson em relação a hegemonia recente do Fortaleza em comparação aos clubes do Nordeste. O atleta está atualmente em Cuiabá, no Mata Grosso. Ele segue fazendo os trabalhos de preparação física estipulados pelo Fortaleza e acredita que estará em um bom nível no retorno às atividades.
“O treino virtual com o clube está me ajudando e muito. Eu acredito que depois que voltar a rotina normal devo estar de 50 a 60% da minha condição física. Acho importante essa alteração na regra, até para maternos um nível bom fisicamente e tecnicamente. Isso vai ser bom pro espetáculo também”, completou.
Natural de Cuiabá, no Mato-Grosso, Jackson de Souza tem 30 anos e surgiu no Mixto, sendo comprado pelo São Paulo, porém, após rodar pelas divisões de base do Tricolor Paulista, se profissionalizou no Ituano. Passou ainda por Criciúma antes de ser adquirido pelo Internacional. Emprestado a Náutico, Goiás e Palmeiras, retornou ao Colorado em 2016 quando foi negociado em definitivo com o Bahia. Na primeira temporada pelo Esquadrão, foram 34 partidas e um gol marcado sendo peça importante na conquista do acesso para Série A. No entanto, em 2017 e 2018 sofreu por conta de uma grave lesão e só entrou em campo 16 vezes em duas temporadas. Chegou a atuar no time sub-23 em três jogos para pegar ritmo. Em 2019, atuou em 12 partidas e marcou um gol, no momento em que reconquistava seu espaço, foi emprestado ao Fortaleza.