Com passagem pelo Esporte Clube Vitória no início da carreira e atualmente como treinador do Al-Faisaly, da Arábia Saudita, Péricles Chamusca está de quarentena no país por causa da pandemia do coronavírus. O técnico, natural de Salvador, falou como a região está lidando com a situação do novo COVID-19. Antes de ser treinador, Chamusca atuou nas categorias de base do Bahia, mas nunca chegou a se profissionalizar como jogador de futebol. Após cursar Educação Física, foi convidado para ser auxiliar de Evaristo de Macedo no Esquadão, ganhando experiência na beira do campo. Começou sua carreira de treinador em 1994, no Vitória. Depois treinou equipes como Rio Branco, América de Natal, Anápolis, CSA, novamente Vitória, Corinthians-AL, entre outros.
“Como é um país com controle rígido, sofreu menos em um primeiro momento com pessoas vindas de outros territórios. Eles também foram muito drásticos logo que surgiram os primeiros casos. Por exemplo, eles isolaram a cidade e fizeram uma quarentena dela praticamente. Depois fecharam voos locais e internacionais e tomaram as mesmas medidas do Brasil, fechando paticamente tudo, com hospitais e farmácias funcionando”, disse.
Péricles também destacou como a comissão técnica, que é formada por brasileiros, recebe informações do coronavírus na Arábia e se mantém em contato com os jogadores. O técnico ainda confirmou que o campeonato não tem uma previsão de retorno, visto que os casos no país continuam subindo gradualmente, e que consegue se manter bem na medida do possível.
“Nós recebemos praticamente todas as notícias diariamente por meio dos nossos intérpretes. A gente acompanha as informações também por sites ingleses, então somos munidos delas todos os dias. Como estamos proibidos de treinar, adotamos uma comunicação direta com os atletas por um grupo de WhatsApp, alimentando os atletas com vídeos da competição e treinamentos. Também procuramos mantê-los seguindo as recomendações em casa, mas treinando, para que tenhamos o mínimo de perda no sentido de performance após o retorno”, completou.