Bahia abusou do direito de perder gols e deixou escapar a liderança

Esquadrão poderia ter aplicado uns 4 ou 5 a 0 no América-RN

Foto: Pedro Vitorino

O jogo entre América-RN e Bahia se realizou com portões fechados, não em em função de algum critério de prevenção e sim, motivado por brigas entre torcedores, ou melhor, bandidos travestidos de torcedores do América e do River do Piauí que durante o jogo pela Copa do Nordeste, entraram em conflito. Entretanto, como na briga do mar com o rochedo, quem paga o pato é a ostra, ao invés da polícia e a justiça agirem com o rigor da lei, impedindo que esses marginais continuem frequentando estádios, quem acaba sendo punido, tanto com a ausência do torcedor nas dependências do estádio para incentivar os jogadores como, também, no item financeiro o que obriga o clube mandante pagar para jogar, em função do oneroso custo operacional para realização de uma partida de futebol.

 

Como o assunto em pauta, ainda é o jogo do Bahia com o América, um jogo em que o Esquadrão de Aço entrou em campo demonstrando, nitidamente, a vontade de vencer para logo, consolidar sua classificação, quando o treinador Roger Machado deve ter orientado ou determinado a seus subordinados, adiantar às linhas de marcação, objetivando empurrar o Dragão Potiguar para seu campo de defesa. Até que conseguiu, mas, o grande problema atual do nosso tricolor, são às péssimas finalizações do seu setor ofensivo, haja vista que, no dia que Gilberto não está no dia dele para marcar os gols, fica complicado para balançar às redes do adversário, com o setor ofensivo se constituindo num verdadeiro “parto com fórceps” para acontecer os gols, mas, felizmente, o time venceu com um gol de Élber e outro de J. Capixaba, e acabou dando tudo certo.

A verdade é que, o Bahia teve um excelente percentual de posse de bola usou e abusou do direito de perder gols, na minha opinião, foi um jogo que, na pior das hipóteses, era para o Bahia ter vencido por uns 4 ou 5×0 para continuar concorrendo com o Fortaleza no saldo de gols para definição do primeiro lugar no grupo, mas, só conseguiu os 2×0, o goleiro tricolor, pouco foi exigido e, também, pela fragilidade técnica do time do América que, para complicar ainda mais à situação, tirando os profissionais de imprensa e outras pessoas que trabalharam no jogo, jogou para uma “plateia” de grilos, muriçocas e morcegos que habitam nas dependências do estádio, bem como, diante dos tradicionais pássaros Quero-quero.

Mas, mesmo vencendo e não convencendo, o importante foi à conquista dos três pontos conquistados que ajudaram a sacramentar, com uma rodada de antecedência, a classificação às oitavas de final da competição e, se na última rodada o Bahia não conseguir ficar em primeiro lugar do grupo, pelo menos, ficará em segundo lugar, colocação que garante, também, a vantagem de jogar em seus domínios o único jogo que realizará na segunda fase.

Para finalizar, como iniciei o texto falando em jogo com portões fechados, quero expressar minha repulsa às declarações dessas em uma entrevista concedida pelo governador do Rio de Janeiro que pisou, feio, na bola. Após declarar que a partir desse fim de semana os jogos programados para o Engenhão e o Maracanã, iriam ser realizados com portões fechados quando em seguida foi interpelado por um repórter, se ele teria adotado alguma medida preventiva com relação aos protagonistas dos jogos nesses estádios, que são os clubes e os atletas, quando ele prontamente, respondeu: “os jogadores que assumam seus riscos”. Sem comentários!

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e amigo do Futebol Bahiano.

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!

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